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Mostrando postagens de julho 19, 2023

O espírito do capitalismo e a teologia da prosperidade

 Max Weber, sociólogo alemão do final do século XIX, estudou com profundidade as relações entre economia e religião, afirmou que o espírito do capitalismo moderno tem como seu fomentador a reforma protestante do século XVI, já que no entendimento do reformador João Calvino com a sua doutrina da predestinação, qual seja, Deus elegeu antes da fundação do mundo uns para a salvação eterna e outros para a perdição eterna. Inevitavelmente surge a preocupação e consequente pergunta; como saber se sou predestinado para a salvação?  Tem como resposta; o trabalho e o acúmulo de bens derivado dele, ou seja, se você estivesse prosperando seria sinal da benção divina, e, portanto sinal de salvação.  Ora, se a teologia calvinista da predestinação do século XVI contribuí para o nascimento do espírito do capitalismo moderno, também abre as portas para o que viríamos conhecer no final do século XIX como teologia da prosperidade, esta última tirou o resto de dignidade que a igreja tinha.  Portanto, três

"E quem é o meu próximo?...

 Na concepção de um judeu, somente os verdadeiros filhos de Abraão seriam capazes de agir com dignidade, ou seja, outro judeu. No entanto, na parábola do bom samaritano contada por Jesus fica claro que para agir com dignidade é preciso mais do que tradição religiosa, faz-se necessário apenas "ser humano". Por essa razão é que: “existem freiras que cuidam de orfanatos, padres que se entregam para cuidar de leprosos; pastores levando agasalho e comida aos moradores de rua; cientistas ateus ainda lutam para alcançar terapias contra o câncer, vacinas contra o vírus do HIV. Também terapeutas ainda se dedicam aos doentes mentais, ainda existem pais adotando filhos abandonados; mulheres visitando indigentes em hospitais públicos”. Agora, se você precisa da religião para ser bom, alguém já disse; "você não é bom, você é uma cão amestrado".🌹

"Não julgueis, para que não sejais julgados"

As pessoas julgam as outras em primeiro lugar porque acham que nunca cometerão "algo tão grave". Esquecem da assertiva cortante "quem não tem pecado que atire a primeira pedra". Depois, por achar que nunca erram, também não precisam ter piedade com quem tropeça. Entretanto, a vida é uma moeda de duas caras; "um dia da caça, outro dia do caçador". Não negligenciemos as palavras do Mestre: "são os misericordiosos que alcançaram misericórdia". Sem falar que tais pessoas se consideram superiores aos demais, se acham de outra qualidade. A estes eu lembrarei as palavras de Tiago; "Deus resiste aos soberbos; dá, porém graças aos humildes/humilhados".  Finalizo dizendo que aquele que julga, na verdade fala de si próprio, porque o que condeno no outro é o que invariavelmente acho amiúde nos esconderijos do meu ser. Portanto, se ninguém pediu sua opinião, fique quieto e deixe que cada um cuide da sua própria vida.🌹