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Mostrando postagens de dezembro 7, 2010

Carta aberta ao meu irmão

Querido Paulo, De pé ao lado da arquibancada, olhando para você, naquele dia que julgo ser tão importante para ti. Ouvi uma frase da qual só me lembro de um fragmento: "sempre é possível fazer o melhor, ousem".  Naquele momento não tive dúvidas de que aquilo estava sendo dito para você, já que, você foi um menino subnutrido que cresceu sem a presença paterna, com dificuldades inomináveis. Desde muito cedo teve que ser "bóia fria", levantar às quatro da manhã, cortar muita cana de açúcar; depois comer em um caldeirão de alumínio amassado e com comida gelada e dura. Entretanto, você ousou estudar, dava um duro danado na "roça" durante o dia e a noite ia para a escola com as unhas sujas de carvão. Todavia um amigo em comum - O "Rege" ou "Rejão", me disse certa vez que você não era o melhor aluno da classe, era na verdade o melhor da escola - me enchi de orgulho naquele momento por ser seu irmão. Algum tempo depois você conseguiu um se