(Categoria – minha história) Estou procurando saber quem sou, aliás, aos trinta e dois anos de idade ainda estou começando a arranhar o verniz da superfície desse mistério. Cada dia surpreende-me deparar comigo mesmo, e corro o sério risco de não descobrir muita coisa. Mas uma coisa eu posso afirmar com certeza - sou quem busca um sentido, um porto, ou nas palavras do grande gênio da língua portuguesa - Fernando Pessoa: “Ficamos, pois, cada um entregue a si próprio, na desolação de se sentir viver. Um barco parece ser um objeto cujo fim é navegar; mais seu fim não é navegar, senão chegar a um porto. Nós encontramo-nos navegando, sem a idéia do porto que deveríamos acolher. Reproduzimos assim, na espécie dolorosa, a fórmula aventureira dos argonaltas: navegar é preciso, viver não é preciso”. Portanto, prefiro ser "um caderno cheio de rabiscos mal corrigidos a uma suma acadêmica". Paradoxalmente sou assim, cheios de ambiguidades, sempre buscando um porto para ancorar um sentid...
Nasceu em uma manjedoura qualquer. Foi pendurado num madeiro como bandido pobre. Ao final deixou o sepulcro vazio e uma nota de esperança no ar.