(Paranóicas)
Da terceira vez que ressuscitei recuperei um pouco do jeito
de sorrir que eu tinha.
Algumas horas depois, entretanto morri. Mataram – me e
repeti a frase já gasta devido o muito uso “Da primeira vez em que me
assassinaram perdi um jeito de sorrir que eu tinha. Depois, de cada vez que me
mataram, foram levando qualquer coisa minha...”.
E hoje, dos defuntos
que sobrei, sobrei menor e indefeso.
Agora apenas uma réstia de esperança miúda me toca.
Um toco de vela quase apagado que insiste em arder.