Pular para o conteúdo principal

Postagens

Seria chamado Nazareno

 Seria chamado de Nazareno. Jesus ainda criança recém saído do Egito vai morar em uma aldeia chamada Nazaré. Porquê? Nazaré, cidadezinha insignificante, permeada por gente pobre-insignificante e sem expressividade nenhuma. Desse lugar vem o salvador também pobre. Os judeus esperavam um messias super ungido, todo poderoso que se tornasse um grande rei-politico e por fim desbancasse o poder romano. Só que vem de Nazaré um Nazareno querendo se identificar com aquilo que importa; gente pobre e insignificante.

Com o coração rasgado de dor

 Com o coração  rasgado pela dor já  há muito tempo, sem expectativas, sem esperanças, sem condições de crer. Um pai desesperado ouve a afirmação de que "tudo é possível ao que crê". Sem condições para tal só lhe sobra a bondade da graça absurda. Proferida então as palavras em meio a lágrimas; "ajuda me na minha incredulidade para que eu creia". Na impossibilidade do crer; quer crer contra a dor, contra a desesperança adiada. Nessa hora a graça absurda esmaga então as trevas que oprime seu filho.

Nas garras da graça

 Não raras vezes somos agarrados por forças maiores-inexplicáveis-favoráveis que nos tiram das ruínas, dos becos sem saídas que nos metemos. Somos puxados à força pela graça absurda-amorosa de um Pai cuidadoso. Ló quem o diga; "tendo ele hesitado, os homens o agarraram pela mão, como também a mulher e as duas filhas, e os tiraram dali à força e os deixaram fora da cidade, porque o Senhor teve misericórdia deles" Gn 19,16 ( destruição de Sodoma e Gomorra).

Eu quero ver

 Foi fazendo só o que poderia fazer um cego sentado a beira do caminho, mendigo, excluído pela sociedade pedindo esmolas que lhe ocorre fazer um outro pedido. Que eu veja, disse ele a Jesus. No que ganha como resposta; vê. A pergunta que fica e incisiva. Eu enxergo o que deveria ver? Você enxerga? 

Abra meus olhos para que eu veja

 A fonte de águas sempre esteve lá. Era Hagar cegada pelo cansaço-sofrimento-angustia quem não a via. O texto diz: "Então Deus lhe abriu os olhos, e ela viu uma fonte. Foi até lá, encheu de água a vasilha e deu de beber ao menino"( Gn 21.19). É impressionante como as frustrações-angustias-decepções da vida podem nos tornar insensíveis e até cegos. Tenhamos fé, pois, a Fonte d'água sempre estará alí, basta olhar e ver.

Nova manhã, nova misericórdia

 Um dia novinho em folha é o que recebo todas as manhãs ao me levantar, ganho de presente uma nova chance depois das incontáveis idiotices cometidas. Então percebo que começa a fazer todo o sentido do mundo as palavras do profeta da antiguidade; "as suas misericórdias não têm fim, novas são cada manhã". Assim sigo de fé em fé, de misericórdia em misericórdia, e, de graça em graça.

Sem verde, sem vida

 É muito pertinente o fato de que na ordem da criação o Pai tenha feito a natureza antes do homem. Por motivo muito óbvio, o ser humano não vive sem ela. Contudo, somos seres de uma burrice absurda, já que, estamos a passos largos destruindo o que nos preserva a vida. Equação simples, destruir a natureza equivale a extinção da humanidade.

O próximo

 Um perito na lei da religião pergunta para Jesus: "quem é o meu próximo?" (Para que eu possa ajuda-lo?). Jesus diz um não amado, não querido, marginalizado, esquecido e semi morto jogado pelo caminho recebeu ajuda de quem não se esperava. A conclusão proposta pelo carpinteiro de Nazaré foi; "vai e age de igual modo".