Cogitações Apenas

Muitas vezes vivemos uma realidade diferente da que pretendíamos, quantas vezes a vida vem e nos surpreende. Contudo, cabe a nós a habilidade de reinventar, de contextualizar numa nova realidade, pois, só assim enlouqueceremos menos...

Se é para falar de Deus vamos fazê-lo com grandeza. Não vamos apequena-lo reduzindo-o a um curandeiro, resolvedor de problemas e enriquecedor de quem paga altas ofertas  O carpinteiro de Nazaré deu sua vida para que tivéssemos a nossa. Para que vivêssemos uma vida com significado.

“O amor a Deus não tem significado a não ser quando produz um serviço total dirigido ao próximo”. Madre Teresa de Calcutá De fato, o cristianismo atual precisa compreender o que significa amar a Deus além dos discursos abstratos e demagógicos, que só fazem sentido dentro das igrejas. É necessário entender que não é preciso agenda para se fazer o bem e que o próximo são todos e não apenas o "irmão da igreja".

A igreja a qual pertenço não tem como ser excomungado, já que ela é invisível e composta por todos aqueles que em qualquer lugar ou religião buscam o amor, a bondade, a gentileza, a humanidade, o próximo e valores tais e quais que são exemplificados por Jesus de Nazaré, o carpinteiro pobre filho de José que num gesto absurdo morreu em uma cruz. Não por apenas um determinado grupo religioso, mas por toda a humanidade. Assim penso e vou até as últimas consequências.

Cegados pela grandeza perdemos o encanto pelo simples...

As pedras no caminho são obstáculos? Ou degraus? Impedimento ao sucesso ou alavanca para o sucesso? Ou ainda, simplesmente pedras no caminho e parte necessária a nossa jornada...

Caímos para levantar, erramos para acertar, choramos na esperança de consolo. Assim seguimos  na senda que nos torna mais sensíveis, mais humanos

(confissões) A reação foi inevitavelmente tempestuosa, de seus olhos pequenos e tristes destilavam o amargo guardado já havia muito tempo. Tornara-se o monstro que sempre evitou ser, embora soubesse de sua existência dentro de si. A mesa em que se apoia para anotar essas parcas palavras traz consigo parte de sua história primeira, ou de sua primeira infância . Infância em que já se apontava para a sina de seus olhos tristes de mira perdida no nada, vaga no horizonte e às vezes mirando o chão. Mesa rústica; a madeira era peroba rosa, restos de sua antiga casa, casa demolida, casa da infância. Ele próprio construiu a mesa. Agora apoiado sobre ela escreve versos simples e tristes e melancólicos.  Na tal mesa há detalhes que lhe faz varrer os porões empoeirados da memória. Lá ele encontra lembranças da infância perdida. No pé da mesa não quis retirar os pregos com os quais se afixavam as dobradiças em que funcionou um dia uma porta. No tampo em que está apoiado enquanto esc

(Devaneios) O amor só vale à pena se puder nos confortar Se puder fazer a gente não parar mais de sonhar Seu amor me fez feliz até não acreditar Que um dia desse sonho eu pudesse acordar Hoje tenho um sentimento que não sei como explicar Esse amor que continua no meu peito a sussurrar (S.R.Ferreira)

 (cogitações apenas) No texto do evangelho de S.Mateus no seu capítulo 1, e versos 18 a 25 temos uma história bastante conturbada, e que para nós hoje que temos a cabeça moderna parece que foi retirada diretamente de um conto, ou um filme de ficção. Uma jovem mulher muito pobre chamada Maria que está noiva de certo José carpinteiro também pobre, e que de repente aparece grávida sendo ela ainda virgem, e afirma com toda convicção que o filho que nela foi gerado é fruto direto do Espírito Santo de Deus. Portanto filho do próprio Deus. Nada mais absurdo para nossa compreensão estreita e lógica. Porque pensamos mais ou menos assim, “só um trouxa para acreditar nessa história, ela sai com outro e ainda quer botar a culpa em Deus”. Entretanto, José o carpinteiro acreditou, assumiu Jesus como seu filho legal. Nesse breve texto não cabe minhas divagações. Tire as lições que quiser, entenda como quiser, sem, entretanto, esquecer a grandeza de José, o carpinteiro.