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José, Maria, Jesus e muita confusão

 (cogitações apenas) No texto do evangelho de S.Mateus no seu capítulo 1, e versos 18 a 25 temos uma história bastante conturbada, e que para nós hoje que temos a cabeça moderna parece que foi retirada diretamente de um conto, ou um filme de ficção. Uma jovem mulher muito pobre chamada Maria que está noiva de certo José carpinteiro também pobre, e que de repente aparece grávida sendo ela ainda virgem, e afirma com toda convicção que o filho que nela foi gerado é fruto direto do Espírito Santo de Deus. Portanto filho do próprio Deus. Nada mais absurdo para nossa compreensão estreita e lógica. Porque pensamos mais ou menos assim, “só um trouxa para acreditar nessa história, ela sai com outro e ainda quer botar a culpa em Deus”. Entretanto, José o carpinteiro acreditou, assumiu Jesus como seu filho legal. Nesse breve texto não cabe minhas divagações. Tire as lições que quiser, entenda como quiser, sem, entretanto, esquecer a grandeza de José, o carpinteiro.

Cristão erudito

(cogitação apenas) Pobres cristãos versados e eruditos. Temos mania de exatidão, somos viciados em conhecimento, não que conhecimento seja coisa ruim a ser evitada, pelo contrário, deve ser buscado com diligência. O problema é que depois que a igreja chegou à Grécia e tornou-se helênica, temos como herança muito mais apreço pelo conhecimento do que pelo relacionamento com o dono daquelas palavras antigas. Palavras não apenas proferidas pelo carpinteiro de Nazaré, mas essencialmente vividas em sua totalidade.

O muro

(confissões) Tento desesperadamente olhar por cima. Por cima de um muro Um muro de impossibilidades e de possibilidades Muro invisível que ofusca minha visão “Um menino caminha, e caminhando chega num muro”

No fundo dos olhos

(cogitações apenas) Quando olhamos no espelho nos contentamos mais ou menos com a imagem que vemos nele refletida. O grande problema é quando nos encaramos, e, olhando na profundidade de nossos olhos não gostamos do encontramos ali.

De repente...

(confissões) De repente, e, não mais do que de repente Fui tomado de assalto por uma necessidade Abrupta de viver; Andar descalço pelos prados verdejantes; Correr pelas campinas sem rumo, sem destino; Nadar os rios que nadei na infância; Escalar os montes, e olhar para além deles, e, Ver nada mais que a linha do horizonte. Queria pedalar minha bicicleta por uma rua qualquer. Nesse átimo do tempo, olhei para o lado O despertador me convidava a voltar Voltar para o mundo de concreto; areia, pedra e cimento Mundo de cimento acinzentado. Levantei ainda trôpego de sono O dever me chama. 

À tardinha...

(devaneios) À tarde fria caí; Há uma profunda tristeza. Seus olhos são profundos Mergulho então outra vez Na imensidão azul Há uma profunda alegria Caí o crepúsculo Sobra então apenas à memória e, Uma esperança miúda.

O inferno silencioso

(Confissões) O inferno silencioso é aquele que você não apenas sofre calado, não obstante, sua dor não pode ser dividida com ninguém. Criei improvavelmente meu próprio inferno. Possuo inclusive meus próprios fantasmas, advirto, não são imaginários, apesar de agirem na mente. Fiz-me meu próprio algoz. Um verdugo me açoita dia e noite e, onde ele coloca as mãos ficam minhas digitais, assina meu nome. Aprecio o silêncio, entretanto, às vezes grito Grito sem voz, grito abafado, sem decibel. É inútil, não sou ouvido. Meu grito silencioso passa despercebido Despercebido pelos demais continuo Meu inferno silente 

Um salto no escuro

(Cogitações apenas) Já escrevi noutra ocasião que a esperança é um tiro no escuro. Agora vou além, é um salto na escuridão, um mergulho no nada. É andar muito, sem saber se vai chegar. Lutar sempre sem, entretanto, saber se vai vencer. A estrada da esperança me perece sempre íngreme. A esperança é como um toco de vela amarelado, já gasto devido o muito uso. Entrementes ainda há uma luz tênue que insiste em arder.

A distância entre o púlpito e as ruas

http://www.ricardogondim.com.br/meditacoes/a-distancia-entre-o-pulpito-e-as-ruas/ Oportuno ressuscitar o Chacrinha:  Quem não se comunica se trumbica . Em plena ebulição de manifestantes lotando centenas de cidades pelo Brasil a fora, uma breve visita aos programas evangélicos revela não apenas a desconexão das principais igrejas-empresas, como a alienação que elas submetem seus fieis. Todas mantêm o velho e sovado discurso do milagre, da bênção da prosperidade e da salvação para depois da morte. Resta uma pergunta: os comunicadores evangélicos são bem-sucedidos em suas empreitadas? A resposta cabe tanto um sim como um não. Sim, caso se considere o espetacular crescimento numérico dos crentes e fortuna que amealham. Não, se levarmos em conta o recrudescimento de preconceitos e a ostensiva rejeição que evangélicos sofrem entre os formadores de opinião. Dificilmente qualquer um dos  famosos  televangelistas se aventurariam nas ruas durante os protestos. Nenhum deles marcharia ao lad