(confissões) De repente, e, não mais do que de repente Fui tomado de assalto por uma necessidade Abrupta de viver; Andar descalço pelos prados verdejantes; Correr pelas campinas sem rumo, sem destino; Nadar os rios que nadei na infância; Escalar os montes, e olhar para além deles, e, Ver nada mais que a linha do horizonte. Queria pedalar minha bicicleta por uma rua qualquer. Nesse átimo do tempo, olhei para o lado O despertador me convidava a voltar Voltar para o mundo de concreto; areia, pedra e cimento Mundo de cimento acinzentado. Levantei ainda trôpego de sono O dever me chama.
Nasceu em uma manjedoura qualquer. Foi pendurado num madeiro como bandido pobre. Ao final deixou o sepulcro vazio e uma nota de esperança no ar.