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Emoção a flor de pele

João Ferreira Leite Luz (devaneios) Dessa vez não foi meia dúzia de palavras sem sentido. Talvez duas, ou ainda três horas de palavras com muita significância. Em meio a tantos nomes, substantivos, verbos e versos. Uma lágrima silente rolou dos olhos. Veio à emoção. Estava agora tudo escancarado, a flor da pele. Um toque de leve na mão. Uma carícia, ou duas. Três talvez. Não mais que quatro. Um abraço, silêncio depois. Inevitavelmente o beijo. O último. Talvez o primeiro, ou ambos. Delírios? Não sei. Talvez apenas um sonho.  Ou pura realidade?

Tão perto e tão distante...

João Ferreira Leite Luz (Declarações de amor) Tão perto e tão distante ao mesmo tempo. Eu sei, um grande paradoxo. Só que é exatamente assim que vejo a realidade da vida às vezes ao se apresentar diante de mim. Tão linda bem ali, parada pertinho de mim e eu sem poder fazer absolutamente nada. Apenas sussurrei meia dúzia de palavras sem muito sentido. Seguimos cada dia cada um o seu destino. Vivemos o paradoxo de estarmos juntos e separados ao mesmo tempo. Essa é nossa sina, nosso destino. Mas uma vez quis evitar seus olhos, sem sucesso, meus olhos se encontraram com seus olhos. Não sei o que fazer, apenas insisto em caminhar, até quando, não sei. Para suportar a solidão encontro companhia em uma boa garrafa de vinho e rabisco estes últimos versos, naquela noite minha cabeça ficou até zonza de tanto pensar em você, ou será o vinho? Já não sei responder. 

A beira da loucura

João Ferreira Leite Luz (Paranóicas – 31/07/2012) Eu estive lá. Estivemos todos nós lá? Ou apenas eu e ela e Ele? Não sei. Contudo sei que estive lá. Mas lá? Aonde? Horas bolas! No infinito onde as paralelas se cruzam, espere, ou elas se cruzam em Belém do Pará. Sei lá! Apenas se cruzam. Lá se cruzam os pensamentos mais profundos. Os sentimentos mais verdadeiros também se cruzam lá. Lá, ainda se cruzaram nossas vidas. Lá também se cruzaram os pensamentos mais rasos, e, os sentimentos mais falsos se cruzaram lá. Mas, ainda sim, lá se cruzaram nossas vidas. No infinito onde as paralelas se cruzam. Bem ali, pertinho na outra esquina da vida

Hoje o sol não apareceu

João Ferreira Leite Luz (Confissões) Uma boa taça de vinho, ou duas talvez. Meia dúzia de palavras sem muito sentido escrita sobre a página em branco. Alguns pensamentos desnorteados um solilóquio apenas, depois lágrimas, e, não sei mais o que fazer. Não tem mais nada a ser escrito. “Olha meu amor hoje o sol não apareceu”. Desculpe-me!

Quando os meus olhos se encontram com seus olhos...

João Ferreira Leite luz (Declarações de amor) Queria poder te dizer algumas coisas, só não sei se devo, entretanto vou arriscar. Queria te falar do desejo que me consome, não consigo tirar você do pensamento. Penso em você a cada momento. Num desses dias lambi os lábios imaginando o sabor dos teus beijos. Meu coração bate tanto quando te vê, e quando os meus olhos se encontram com teus olhos não contenho o desejo e queria te fazer uma proposta indecente. Queria poder sentir seus cabelos entre os meus dedos e te abraçar forte, o teu peito nu contra o meu peito nu. Diria que te quero ao pé do seu ouvido sussurrando bem baixinho para sentir seu corpo arrepiar, Deslizaria minha mão por todas as curvas do teu corpo, Beijaria cada mínimo detalhe do teu corpo, fazendo carícias com a ponta da minha língua, Beijaria sua boca como se fosse à primeira vez, e seria a primeira vez, de muitas vezes. Passaríamos a noite insone, horas a fio fazendo amor até sermos vencido pelo

Um momento mágico e louco

João Ferreira leite Luz (Paranóicas - 30/07/2012) One moment in the time , o início talvez. Talvez o fim. Um paradoxo que chama outro paradoxo no mesmo sentido do “um abismo chama outro abismo”. Contudo, entretanto, e, todavia, não deixa de ser um momento no tempo, aliás, no tempo de vida, e, que pena que o tempus fugiti , ou tempo fugidio ou simplesmente tempo que foge - e porque ele foge quando deveria ser paralisado? Não sei, aliás, “só sei que nada sei”. Talvez ainda o fim do começo, ou ainda o fim do que nunca houve, senão num canto escuro da mente que insistimos em chamar de coração. Ainda sim um momento memorável que deveria ser congelado, ou que sabe já foi congelado e guardado a sete chaves no outro canto escuro da mente do lado esquerdo do peito. Agora, inegavelmente um momento único e belo e revestido de singularidade. Talvez nunca mais exista outro, ou quem sabe? Muitos outros iguais existirão? Na verdade talvez este nunca tenha existido senão naquele escuro imo

O beija-flor

João Ferreira leite Luz (Contos) Conheci há muito, muito tempo atrás um homem e sua história - Antônio e o beija-flor. Devido às muitas decepções Antônio já não acreditava mais na felicidade, coisa, aliás, que conhecia muito pouco. Toninho como era chamado, foi um homem que viveu de cabeça baixa, sempre meio casmurro – calado e metido consigo. Seus olhos invariavelmente mirando o chão. O curioso na vida desse homem é que ele acreditava firmemente que o beija-flor era uma espécie de pássaro mágico ou celestial dotado de felicidade, sempre admirou seu bailar leve e ágil e elegante. Antônio tentou, tentou de novo e tentou uma outra vez, mas parece que a vida sempre lhe reservava a má sorte. Entretanto, um dia o beija-flor veio pousar em seu ombro, e um sorriso de canto de boca começou a surgir em seus lábios.

Confiança

João Ferreira Leite Luz (série casamento) Nenhum casamento terá sucesso se uma de suas bases principais não for à confiança mútua. A pior coisa no casamento é viver desconfiando, ou o contrário, viver sendo desconfiado. Esse tipo de casamento é a ante-sala do inferno, pois não há paz interior. A mente vive maquinando pensamentos a respeito do próximo. A falta de confiança no relacionamento pode miná-lo e por fim destruí-lo.

Caminho...

João Ferreira Leite Luz (devaneios) Caminho noite fria adentro, procuro um significado, um sentido ou pelo menos uma saída. Seria fácil demais tomar um atalho, queimar algumas etapas do percurso e pegar o caminho mais curto, e, às vezes, confesso, dá vontade. Entretanto, a vida não é tão simples assim. Já cantou o poeta “é chato chegar a um objetivo num instante”. Assim, continuo caminhando, sem saber ao certo o que fazer ou aonde chegar, só caminho noite fria adentro rumo a luz ou a escuridão. Não sei ao certo. Muito embora os trilhos nos levem sempre ao mesmo lugar, às vezes não conseguimos chegar onde queríamos. Mesmo assim insistimos em prosseguir. Só me resta plagiar as palavras do grande sábio; Esse estranho que mora no espelho Olha-me de um jeito De quem procura recordar quem sou...  ( Mário Quintana)