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A gente acaba aprendendo

 (Categoria – Minha história) E xistem coisas que não aprendemos nos bancos escolares, aliás, muita coisa não se aprende através de método didático nenhum. Nem ao menos através dos conselhos paternos. Têm coisas que a gente acaba por aprender através do tempo, nos encontros e desencontros da vida. A gente acaba aprendendo, que muitos amigos só se interessam por nós quando temos alguma coisa para oferecer, quando cessa a nossa fonte, nos tornamos descartáveis como copo plástico de bebedouro. Amigo verdadeiro nesses dias é artigo de luxo, coisa rara. Estamos numa espécie de extinção de bons amigos, sabem aqueles, que são “amigos de fé e irmão camarada”. A gente acaba aprendendo, que relacionamento dentro do mundo eclesiástico-ministerial é como ninho de cobra; um querendo ser maior que o outro. Uma corrida “imbecializante” por títulos, cargos, posições. Nesse mundinho você só vale quando seu ministério “acontece”, quando sua pregação é popular, ou se você tiver uma espécie de unção e

Eles não estavam lá...

João Ferreira Leite Luz (contos) “Da primeira vez em que me assassinaram perdi um jeito de sorrir que eu tinha. Depois, de cada vez que me mataram, foram levando qualquer coisa minha...” (Mario Quintana) Ludogero, apesar de possuir um nome meio... , digo, muito esquisito. Também era homem de poucas palavras, quieto por natureza – casmurro, no mesmo sentido de Dom Casmurro em Machado de Assis: “homem calado e metido consigo”. Entretanto, era homem regido por valores íntegros. Não obstante ser tosco e semi-analfabeto, era presenteado por uma inteligência intuitiva sem igual, que somado a sua disciplina e autodidatismo lhe proporcionou amplo conhecimento. Dona Leodegária, a distinta esposa de Ludogero, que tinha o nome tão, ou mais esdrúxulo que do seu dote. Esta por sua vez era “flor de distinção e nobreza na heráldica da cidade”. Mulher fértil. Pariu cinco filhos, trazidos ao mundo à moda antiga pelo parto normal por mão de hábeis parteiras. Para felicidade e honra de seu marido qua

Ele sempre está lá

João Ferreira leite Luz (Breve arrazoamento) “Eu estarei sempre com vocês...”. (Jesus – evangelho de Mateus 28.20) Deus pode tranquilamente passar despercebido. São tantas vozes velozes a nos chamar, tantos barulhos, burburinhos e distrações que não raras vezes sua presença passa impercebida no dia a dia. Mas ele sempre está lá, afinal de contas, ele é o Deus nosso de cada dia. Que ele nos ajude!

O que a igreja moderna tem a oferecer?

“... Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isto lhe dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, ande...” (Atos dos apóstolos 3.6) O que a igreja moderna tem a oferecer é uma pergunta necessária. Visto que ela oferece tudo, e nada ao mesmo tempo. Estamos oferecendo em termos gerais: prosperidade, saúde e sucesso, ou de outro modo, estamos ofertando apenas coisas, simplesmente coisas para pessoas que por natureza intrínseca possuem sede do transcendental, ou seja, do imaterial. O curioso é que a igreja já pode dizer: Tenho prata e ouro (dinheiro), haja vista, elas serem donas de emissoras de TV, os pastores já se assentam em cadeiras do senado. As igrejas modernas são donas de verdadeiros impérios. Entretanto, já não pode mais dizer “isto que tenho te dou”, porque não tem nada para oferecer além de benefícios temporais. Esquecemos do que Jesus alertou: “Meu Reino não é desse mundo”. Que pena! Que Deus nos ajude!

Quando eu ver Deus...

João Ferreira Leite Luz (Breve arrazoamento) “Morrer é simplesmente esquecer as palavras. E conhecermos Deus, talvez, sem o terror da palavra Deus!” (Mário Quintana) Penso que a surpresa será grande, melhor, será aterradora, quando, e, por fim conhecermos Deus. Ao contrário do que nós religiosos pressupomos, contra todas as nossas concepções – Deus será estranha e maravilhosamente simples, ou de outro modo, não terá esse monte de complicações teológicas da nossa cabeça estreita. Acredito que ele será estranhamente “humano”, assim como ele se deixou revelar por meio do carpinteiro de Nazaré que chamamos de Jesus. Que Deus nos ajude!

Não conjugue o verbo pensar

João Ferreira Leite Luz (Reflexões) “O homem tem a pobre, a estreita cabeça fechada... Porém não para sempre, meu Deus... Não para sempre!”. (Mário Quintana) Reflexão, palavra hoje em desuso. Enfrentamos uma espécie de preguiça mental, pergunte a qualquer adolescente sobre literatura, qualquer uma que seja, e ele não saberá citar um autor sequer. Agora, pergunte sobre Msn e Orkut e Big-Brother . Pergunte sobre games e sobre Tv. A resposta será surpreendente. Preocupa-me uma geração que não tem prazer na leitura. Pior, amedronta-me ter uma biblioteca cheia de livros e possuir filhos que ainda (graças por esse ainda, pois acredito que pode ser revertido) não tomaram gosto pela literatura. Meu Deus! Qual será o calibre dos pensadores do amanhã? Que Deus nos ajude!

No contra fluxo

João Ferreira Leite luz (Reflexões) “O importante é fazer a coisa certa” (São Brabo) Já afirmou Millôr Fernandes: “e se você estiver no caminho certo, mas na contramão”. Vivemos num período em que o importante mesmo é fazer, independente de ser certo ou errado, desde que todas façam – não há mal. Poucos homens hoje na atualidade têm calibre para manter seus posicionamentos com respeito aos valores íntegros e não se vender à lógica do “todo mundo faz”. São Brabo já no século III afirmava que mais “importante era fazer a coisa certa” e foi marcado como herege. Existiu também um rabi de Nazaré, certo pobre carpinteiro que atendia pelo nome de Jesus, filho de um outro carpinteiro pobre por nome José. Esse Jesus também andou no contra fluxo da história, na contramão da religião, um subversivo a frente do seu tempo. Final da história - pagou um alto preço, e, mais, achou que valeu a pena. E, nós? Que Ele nos ajude! 

Somos uma grande farça

Por: Alex Carrari “Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens” Mt 15.7-9 Salvo alguns que não se dobraram a baal, somos todos uns canalhas. Eu, você, nós todos somos uma grande farsa, a maior de todas as farsas. E sabe por quê? Organizamos nossas vidas de modo que tenhamos o mínimo dispêndio com a garantia do maior e melhor retorno. Fingimos que somos de outra estirpe, a dos filhos prediletos. Como filhos prediletos, queremos ser restituídos, queremos de volta o que é nosso. Rejeitamos todo mal, declaramos a nossa vitória, quebramos todas as correntes, exigimos nossa benção, sacudimos o inferno, não por sermos de Espírito libertário, muito menos altruístas; reagimos às ameaças negativas do “no mundo tereis aflições”como bons invólucros do espírito do capitalismo, do que é nosso e ninguém tasca, sendo essa nossa ética gospelizan

Faça bem feito!

João Ferreira Leite Luz (Reflexões) "O que as suas mãos tiverem que fazer, que o façam com toda a sua força..." Salomão (Eclesiastes 9.10) F azer bem feito. Eis a crise da minha geração pós-moderna. O sistema educacional brasileiro – decadente; O sistema da saúde pública – precário; O sistema político – corrupto; O sistema religioso – decadente e precário e corrupto. A as pessoas? Vazias e periféricas e sem profundidade. Abraçam qualquer coisa, sem, contudo haver o mínimo de reflexão, de ponderação. Mediocridade é a palavra. Imbecialização em massa tanto por meio de programas da televisão, quanto por meio da religião vigente, como diria Marx, “o ópio do povo”. As músicas. Ridículas, com letras pobres de significado e português ruim e rimas sem sentido. Falta-nos a grandeza contida nas palavras de um Fernando Pessoa: “Para se grande, sê inteiro: Nada teu exagera ou exclui, Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda brilha,

Triste felicidade

João Ferreira Leite Luz (Minha história) “Triste sorte do ser humano; sua felicidade assemelha-se a um leve esboço; chega à infelicidade, passa a borracha e o desenho se desfaz”. (Ésquilo) Sou o caçula entre oito irmãos, e, se a vida seguir seu curso natural serei o último a morrer. Entretanto, terei o desprazer de sepultar meus irmãos e sofrerei sete vezes mais. Trágico! Triste sorte!