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Quando eu ver Deus...

João Ferreira Leite Luz (Breve arrazoamento) “Morrer é simplesmente esquecer as palavras. E conhecermos Deus, talvez, sem o terror da palavra Deus!” (Mário Quintana) Penso que a surpresa será grande, melhor, será aterradora, quando, e, por fim conhecermos Deus. Ao contrário do que nós religiosos pressupomos, contra todas as nossas concepções – Deus será estranha e maravilhosamente simples, ou de outro modo, não terá esse monte de complicações teológicas da nossa cabeça estreita. Acredito que ele será estranhamente “humano”, assim como ele se deixou revelar por meio do carpinteiro de Nazaré que chamamos de Jesus. Que Deus nos ajude!

Não conjugue o verbo pensar

João Ferreira Leite Luz (Reflexões) “O homem tem a pobre, a estreita cabeça fechada... Porém não para sempre, meu Deus... Não para sempre!”. (Mário Quintana) Reflexão, palavra hoje em desuso. Enfrentamos uma espécie de preguiça mental, pergunte a qualquer adolescente sobre literatura, qualquer uma que seja, e ele não saberá citar um autor sequer. Agora, pergunte sobre Msn e Orkut e Big-Brother . Pergunte sobre games e sobre Tv. A resposta será surpreendente. Preocupa-me uma geração que não tem prazer na leitura. Pior, amedronta-me ter uma biblioteca cheia de livros e possuir filhos que ainda (graças por esse ainda, pois acredito que pode ser revertido) não tomaram gosto pela literatura. Meu Deus! Qual será o calibre dos pensadores do amanhã? Que Deus nos ajude!

No contra fluxo

João Ferreira Leite luz (Reflexões) “O importante é fazer a coisa certa” (São Brabo) Já afirmou Millôr Fernandes: “e se você estiver no caminho certo, mas na contramão”. Vivemos num período em que o importante mesmo é fazer, independente de ser certo ou errado, desde que todas façam – não há mal. Poucos homens hoje na atualidade têm calibre para manter seus posicionamentos com respeito aos valores íntegros e não se vender à lógica do “todo mundo faz”. São Brabo já no século III afirmava que mais “importante era fazer a coisa certa” e foi marcado como herege. Existiu também um rabi de Nazaré, certo pobre carpinteiro que atendia pelo nome de Jesus, filho de um outro carpinteiro pobre por nome José. Esse Jesus também andou no contra fluxo da história, na contramão da religião, um subversivo a frente do seu tempo. Final da história - pagou um alto preço, e, mais, achou que valeu a pena. E, nós? Que Ele nos ajude! 

Somos uma grande farça

Por: Alex Carrari “Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens” Mt 15.7-9 Salvo alguns que não se dobraram a baal, somos todos uns canalhas. Eu, você, nós todos somos uma grande farsa, a maior de todas as farsas. E sabe por quê? Organizamos nossas vidas de modo que tenhamos o mínimo dispêndio com a garantia do maior e melhor retorno. Fingimos que somos de outra estirpe, a dos filhos prediletos. Como filhos prediletos, queremos ser restituídos, queremos de volta o que é nosso. Rejeitamos todo mal, declaramos a nossa vitória, quebramos todas as correntes, exigimos nossa benção, sacudimos o inferno, não por sermos de Espírito libertário, muito menos altruístas; reagimos às ameaças negativas do “no mundo tereis aflições”como bons invólucros do espírito do capitalismo, do que é nosso e ninguém tasca, sendo essa nossa ética gospelizan

Faça bem feito!

João Ferreira Leite Luz (Reflexões) "O que as suas mãos tiverem que fazer, que o façam com toda a sua força..." Salomão (Eclesiastes 9.10) F azer bem feito. Eis a crise da minha geração pós-moderna. O sistema educacional brasileiro – decadente; O sistema da saúde pública – precário; O sistema político – corrupto; O sistema religioso – decadente e precário e corrupto. A as pessoas? Vazias e periféricas e sem profundidade. Abraçam qualquer coisa, sem, contudo haver o mínimo de reflexão, de ponderação. Mediocridade é a palavra. Imbecialização em massa tanto por meio de programas da televisão, quanto por meio da religião vigente, como diria Marx, “o ópio do povo”. As músicas. Ridículas, com letras pobres de significado e português ruim e rimas sem sentido. Falta-nos a grandeza contida nas palavras de um Fernando Pessoa: “Para se grande, sê inteiro: Nada teu exagera ou exclui, Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda brilha,

Triste felicidade

João Ferreira Leite Luz (Minha história) “Triste sorte do ser humano; sua felicidade assemelha-se a um leve esboço; chega à infelicidade, passa a borracha e o desenho se desfaz”. (Ésquilo) Sou o caçula entre oito irmãos, e, se a vida seguir seu curso natural serei o último a morrer. Entretanto, terei o desprazer de sepultar meus irmãos e sofrerei sete vezes mais. Trágico! Triste sorte!

Uma pergunta assombrosa

João Ferreira Leite Luz (Estudos) “Quem vocês dizem que eu sou?”. Jesus Cristo (Mateus 16.15) A pessoa de Jesus sempre gerou muitas controvérsias. O Mestre ao caminhar pelas ruas poeirentas da Judéia trouxe uma questão muito intrigante – quem era Jesus? Talvez pelo fato de o Cristo ter vindo num período peculiar da história dos judeus em que eles esperavam um messias poderoso e implacável, e também por haver um certo mistério acerca de sua pessoa. Notem a complexidade que envolvia sua natureza que às vezes era marcada em seus muitos aspectos intensamente humana, porém, e ao mesmo tempo, era assinalada por características singulares da divindade. Portanto, era de certa forma natural que se gerassem tantas dúvidas quanto à verdadeira identidade de Jesus. O próprio João Batista, primo e precursor de Jesus, sentiu a necessidade de perguntar: “ és tu aquele que estava para vir, ou havemos de esperar outro?” (Mt. 11.3). E ele mesmo já havia afirmado anteriormente – “eis o cordeiro de De

Por onde começar a caminhada com Deus?

O Gênesis em sermões expositivos Texto: Gênesis 37 Para alcançarmos os sonhos de Deus para nossas vidas temos que percorrer uma grande jornada, que tem como ponto de partida nossa imaturidade. Ninguém já começa pronto, todos nós quando iniciamos a caminhada cristã começamos pela senda da imaturidade. Eu pessoalmente já sofri, e para ser sincero ainda sofro tentado impor a mim mesmo uma maturidade que está reservada aos mais velhos. Só o tempo e a experiência me trarão amadurecimento. A partir desse texto vamos perceber que José o grande homem maduro tanto nas coisas espirituais quanto administrativas, começou como nós, pela senda da imaturidade. 1. José também começou exatamente como nós. Cheio de defeitos a serem trabalhados Vv 2-11. Vejamos quem foi José, seu relacionamento com seu pai, e seus irmãos: A) José o jovem delator V2. Parece-me que José por ser jovem e imaturo era dado a tagarelar, sobretudo acerca dos filhos menos favorecidos de Bila e Zilpa – concubinas de seu pai (V

Um texto do meu amigo Ricardo Gondim que precisa ser lido

Minha carta aberta Ricardo Gondim Minhas coragens não tão corajosas Tornei-me alvo de todos os crivos. Depois de devidamente rotulado, sinto-me dissecado, espiritual, moral e psicanaliticamente. Pessoas que não me veem há décadas, se sentem com liberdade de diagnosticar o que “vem acontecendo com o Gondim”. Não há como negar como me sinto incômodo com  achômetros . Faltam-me argumentos. Como explicar que não perdi a fé, que não apostatei, que não estou na ladeira do inferno e que não sou um Belzebu? Diante de juízos subjetivos, melhor calar. Não vale sequer lembrar que a tarefa de separar trigo e joio, sempre delicada, Deus reservou aos anjos e, ainda assim, para o fim dos tempos. Como justificar-me diante da presunção de que não há outro caminho para a espiritualidade que não seja o pacotão doutrinário, que os evangélicos se consideram legítimos guardiões? Um rapaz de apenas 24 anos mandou-me uma mensagem insolente, mal educada. Notei que ele era apenas dois anos mais velho que o

Espero...

João Ferreira Leite Luz (Devaneios) “Lá bem no alto de décimo andar do ano. Vive uma louca chamada esperança”.   (Mário Quintana) A vida que vivo ainda não é; A vida que gostaria de viver. O lugar que estou ainda não é; O lugar que gostaria de estar. Tudo é meio difuso... Confuso... Entretanto,                  acredito,                                 anseio,                                             sonho;                                                         espero, Espero... Espero... Pois, a louca chamada esperança ainda insiste em viver em mim.