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No contra fluxo

João Ferreira Leite luz (Reflexões) “O importante é fazer a coisa certa” (São Brabo) Já afirmou Millôr Fernandes: “e se você estiver no caminho certo, mas na contramão”. Vivemos num período em que o importante mesmo é fazer, independente de ser certo ou errado, desde que todas façam – não há mal. Poucos homens hoje na atualidade têm calibre para manter seus posicionamentos com respeito aos valores íntegros e não se vender à lógica do “todo mundo faz”. São Brabo já no século III afirmava que mais “importante era fazer a coisa certa” e foi marcado como herege. Existiu também um rabi de Nazaré, certo pobre carpinteiro que atendia pelo nome de Jesus, filho de um outro carpinteiro pobre por nome José. Esse Jesus também andou no contra fluxo da história, na contramão da religião, um subversivo a frente do seu tempo. Final da história - pagou um alto preço, e, mais, achou que valeu a pena. E, nós? Que Ele nos ajude! 

Somos uma grande farça

Por: Alex Carrari “Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens” Mt 15.7-9 Salvo alguns que não se dobraram a baal, somos todos uns canalhas. Eu, você, nós todos somos uma grande farsa, a maior de todas as farsas. E sabe por quê? Organizamos nossas vidas de modo que tenhamos o mínimo dispêndio com a garantia do maior e melhor retorno. Fingimos que somos de outra estirpe, a dos filhos prediletos. Como filhos prediletos, queremos ser restituídos, queremos de volta o que é nosso. Rejeitamos todo mal, declaramos a nossa vitória, quebramos todas as correntes, exigimos nossa benção, sacudimos o inferno, não por sermos de Espírito libertário, muito menos altruístas; reagimos às ameaças negativas do “no mundo tereis aflições”como bons invólucros do espírito do capitalismo, do que é nosso e ninguém tasca, sendo essa nossa ética gospelizan

Faça bem feito!

João Ferreira Leite Luz (Reflexões) "O que as suas mãos tiverem que fazer, que o façam com toda a sua força..." Salomão (Eclesiastes 9.10) F azer bem feito. Eis a crise da minha geração pós-moderna. O sistema educacional brasileiro – decadente; O sistema da saúde pública – precário; O sistema político – corrupto; O sistema religioso – decadente e precário e corrupto. A as pessoas? Vazias e periféricas e sem profundidade. Abraçam qualquer coisa, sem, contudo haver o mínimo de reflexão, de ponderação. Mediocridade é a palavra. Imbecialização em massa tanto por meio de programas da televisão, quanto por meio da religião vigente, como diria Marx, “o ópio do povo”. As músicas. Ridículas, com letras pobres de significado e português ruim e rimas sem sentido. Falta-nos a grandeza contida nas palavras de um Fernando Pessoa: “Para se grande, sê inteiro: Nada teu exagera ou exclui, Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda brilha,

Triste felicidade

João Ferreira Leite Luz (Minha história) “Triste sorte do ser humano; sua felicidade assemelha-se a um leve esboço; chega à infelicidade, passa a borracha e o desenho se desfaz”. (Ésquilo) Sou o caçula entre oito irmãos, e, se a vida seguir seu curso natural serei o último a morrer. Entretanto, terei o desprazer de sepultar meus irmãos e sofrerei sete vezes mais. Trágico! Triste sorte!

Uma pergunta assombrosa

João Ferreira Leite Luz (Estudos) “Quem vocês dizem que eu sou?”. Jesus Cristo (Mateus 16.15) A pessoa de Jesus sempre gerou muitas controvérsias. O Mestre ao caminhar pelas ruas poeirentas da Judéia trouxe uma questão muito intrigante – quem era Jesus? Talvez pelo fato de o Cristo ter vindo num período peculiar da história dos judeus em que eles esperavam um messias poderoso e implacável, e também por haver um certo mistério acerca de sua pessoa. Notem a complexidade que envolvia sua natureza que às vezes era marcada em seus muitos aspectos intensamente humana, porém, e ao mesmo tempo, era assinalada por características singulares da divindade. Portanto, era de certa forma natural que se gerassem tantas dúvidas quanto à verdadeira identidade de Jesus. O próprio João Batista, primo e precursor de Jesus, sentiu a necessidade de perguntar: “ és tu aquele que estava para vir, ou havemos de esperar outro?” (Mt. 11.3). E ele mesmo já havia afirmado anteriormente – “eis o cordeiro de De

Por onde começar a caminhada com Deus?

O Gênesis em sermões expositivos Texto: Gênesis 37 Para alcançarmos os sonhos de Deus para nossas vidas temos que percorrer uma grande jornada, que tem como ponto de partida nossa imaturidade. Ninguém já começa pronto, todos nós quando iniciamos a caminhada cristã começamos pela senda da imaturidade. Eu pessoalmente já sofri, e para ser sincero ainda sofro tentado impor a mim mesmo uma maturidade que está reservada aos mais velhos. Só o tempo e a experiência me trarão amadurecimento. A partir desse texto vamos perceber que José o grande homem maduro tanto nas coisas espirituais quanto administrativas, começou como nós, pela senda da imaturidade. 1. José também começou exatamente como nós. Cheio de defeitos a serem trabalhados Vv 2-11. Vejamos quem foi José, seu relacionamento com seu pai, e seus irmãos: A) José o jovem delator V2. Parece-me que José por ser jovem e imaturo era dado a tagarelar, sobretudo acerca dos filhos menos favorecidos de Bila e Zilpa – concubinas de seu pai (V

Um texto do meu amigo Ricardo Gondim que precisa ser lido

Minha carta aberta Ricardo Gondim Minhas coragens não tão corajosas Tornei-me alvo de todos os crivos. Depois de devidamente rotulado, sinto-me dissecado, espiritual, moral e psicanaliticamente. Pessoas que não me veem há décadas, se sentem com liberdade de diagnosticar o que “vem acontecendo com o Gondim”. Não há como negar como me sinto incômodo com  achômetros . Faltam-me argumentos. Como explicar que não perdi a fé, que não apostatei, que não estou na ladeira do inferno e que não sou um Belzebu? Diante de juízos subjetivos, melhor calar. Não vale sequer lembrar que a tarefa de separar trigo e joio, sempre delicada, Deus reservou aos anjos e, ainda assim, para o fim dos tempos. Como justificar-me diante da presunção de que não há outro caminho para a espiritualidade que não seja o pacotão doutrinário, que os evangélicos se consideram legítimos guardiões? Um rapaz de apenas 24 anos mandou-me uma mensagem insolente, mal educada. Notei que ele era apenas dois anos mais velho que o

Espero...

João Ferreira Leite Luz (Devaneios) “Lá bem no alto de décimo andar do ano. Vive uma louca chamada esperança”.   (Mário Quintana) A vida que vivo ainda não é; A vida que gostaria de viver. O lugar que estou ainda não é; O lugar que gostaria de estar. Tudo é meio difuso... Confuso... Entretanto,                  acredito,                                 anseio,                                             sonho;                                                         espero, Espero... Espero... Pois, a louca chamada esperança ainda insiste em viver em mim.

Vale a pena?

João Ferreira Leite Luz (Reflexões) “Valeu a pena? Tudo vale a pena. Se a alma não é pequena”.                                                                Fernando Pessoa V aleu a pena? Foi a pergunta que o orador daquela noite insistiu em fazer. Ele enfatizou a pergunta no sentido que, se pelo fato de reconhecermos Jesus como Senhor havia valido a pena. Inquietei-me e preciso responder. Agora, respondo fazendo outra pergunta; o que é que se está querendo dizer quando perguntamos se valeu a pena abraçar a causa do evangelho? A resposta é sim e não. Explico, se a pergunta for no sentido de que vale a pena abraçar a causa de Jesus e pagar um alto preço por este elevado ideal. Sim, vale a pena. Ou dito de outro modo, vale a pena não apenas possuir nobres ideais, mas sim, estar disposto a sofrer por eles. Defendo os valores do Reino não porque acho que vou ser bem sucedido, ou porque vou dar certo, mas, e acima de tudo porque vale a pena. Agora, se a pergunta for no sentido de que s

Quando na vida tomamos medidas drásticas

O Gênesis em sermões expositivos Texto: Gênesis 38 A cultura judaica sempre privilegiou o homem em detrimento da mulher. Nessa cultura criou-se o entendimento de que o homem era respeitado quando possuía muitos filhos, e o mesmo raciocínio havia entre as mulheres que eram valorizadas pelo número de filhos que davam ao marido. Um homem sem filhos era sinal de desonra, e uma mulher sem filhos era menosprezada. Compare com os seguintes textos: Sl 27 e 28/ Gn 30.1 e I Sm 1.8-11. Existiu uma mulher chamada Tamar que não gerava filhos, isto porque, nem casada ela conseguia permanecer. Estranhamente seus maridos sempre morriam. Então essa mulher toma uma atitude no mínimo incomum, estranha, uma medida drástica. Acredito que a partir da vida dessa mulher podemos pinçar algumas lições interessantes, vejamos: 1. Deus pode pegar uma situação toda destruída, uma má escolha, uma atitude impensada e transformar em uma coisa bonita Cf. V29-30. Deus é habilidoso, perito em pegar os destroços de um