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Por que Deus as vezes se cala?

O Gênesis em sermões expositivos Texto: Gênesis, 46. Algumas perguntas se fazem necessário: Porque Deus ficou tanto tempo sem falar com Jacó a respeito das promessas referentes ao concerto? E, porque Deus fala sobre José só agora, depois que Jacó já havia descoberto que ele estava vivo. Porque Deus não falou antes sobre José estar vivo, desta forma apaziguando o coração de Jacó? Por que Deus às vezes se cala? O que nos ensina o silêncio de Deus? Um dos maiores escritores da língua portuguesa e também considerado o maior expoente da literatura brasileira – Machado de Assis, em seu romance Memórias Póstumas de Brás Cubas ocorre uma frase no mínimo intrigante. “... Há coisas que melhor se dizem calando...”. Pg.190 / Ed. Clássicos da Literatura. Existe um ditado popular que diz:- “Há momentos que o silêncio é a melhor resposta”. Há também uma música muito conhecida no meio evangélico que diz mais ou menos assim:- “Há momentos que Deus se cala e não ouço a sua voz” A trama d

Jacó, 130 anos de peregrinações

O Gênesis em sermões expositivos Texto: Gênesis, 47.1-12 O todo da vida, ou ainda, o quadro maior da vida é composto de peregrinações. O tempo de vida ou de existência é composto por pequenas frações do tempo a que chamamos de momento, esse pequeníssimo e indeterminado espaço do tempo quando somado, temos o que chamamos em linguagem metafórica de tempo de peregrinação. Uma vez que segundo o Novo Dicionário Aurélio peregrinar é:- “viajar ou andar por terras distantes”. Então entendemos que na vida, ainda não chegamos, estamos sempre a caminho. Enquanto não chegamos precisamos entender que a vida é cheia de pequenos momentos e precisamos viver um momento de cada vez, para não chegar ao fim da caminhada correndo o risco de não ter vivido o suficiente. Vejamos um trecho do poema instantes, atribuído a Jorge Luiz Borges (escritor argentino): Se eu pudesse viver novamente minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais. Seria ma

Adoração e gratidão em meio à crise

O Gênesis em sermões expositivos Texto: Gênesis, 47.13-31 É interessante que fazendo referência ao versículo 31, o escritor da epístola aos Hebreus no capítulo 11 e versículo 21, ele diz que: “Pela fé Jacó, à beira da morte, abençoou cada um dos filhos de José e adorou a Deus, apoiado na extremidade do seu bordão”. Agora, a pergunta que fica é a seguinte: Quais as razões que Jacó tinha para adorar a Deus, visto que ele (Jacó) está velho e morrendo. Pior ele está morrendo longe da terra da promessa, está vivendo com sua família no meio de um paganismo extremado. Vivendo de favores, pois foi pela permissão do Faraó que eles estão habitando nessa terra, e para piorar seu filho José que é o governador, está enfrentando uma crise sem proporções, pois a seca ainda é rígida em toda a região, gerando grande fome entre o povo e José tem que lidar com tudo isso. E Jacó obviamente também é atingido pelas preocupações do filho. O que poderíamos aprender sobre gratidão e adoração num contexto

Batalhei minha batalha

O Gênesis em sermões expositivos Texto: Gênesis, 48. Sem dúvidas, quando falamos de Jacó, estamos tratando de um grande batalhador, de um grande guerreiro. Inclusive o próprio Deus disse que Jacó era um lutador:- “Seu nome não será mais Jacó, mas sim Israel, porque você lutou com Deus e com os homens e venceu” Gn 32.28. Jacó chegou ao fim de sua vida, ele está com aproximadamente 147 anos de idade. No entanto ele tem a noção de que grande e difícil foi a sua batalha de vida, mas ele venceu, e é verdade, algumas ele perdeu, mas isso não lhe roubou a capacidade de terminar a vida crendo no seu Deus. No novo Testamento o apóstolo Paulo também terminou sua história de vida assim, ao ponto de dizer a Timóteo:- “Combati o bom combate, terminei a corrida (batalha), guardei a fé” II Tm 4.7. O interessante nesse texto em que Jacó transfere a benção do concerto para o seu neto Efraim, é que ele deixa transparecer como foi sua trajetória de vida. Jacó ao lembrar um pouco de sua história no

Vamos refletir juntos

O Gênesis em sermões expositivos Texto: Gênesis, 49. Vivemos um período de pouca introspecção, as pessoas estão desaprendendo a arte de pensar. Aliás, o momento que estamos vivendo é de extroversão, de expansão. Uma de minhas maiores tristezas em relação ao cristianismo moderno é exatamente o fato de os cristãos não saberem mais pensar. Dói em mim ouvir a prédica dos pastores e pregadores contemporâneos, pois fica evidente que não houve preparo, nem meditação, não se gastou tempo com os livros na difícil tarefa de pensar e repensar os fatos. De fato a igreja da pós – modernidade é uma igreja extrovertida, pra frente, barulhenta, de muitas festas e avivamentos, mas de pouca reflexão. Não gostamos de pensar, gostamos de respostas prontas, talvez isso explique um pouco esse cristianismo de fórmulas prontas, de métodos enlatados. Isso explica também nosso pouco interesse pelo todo da bíblia, gostamos de lê-la em parte, principalmente aquelas que não exijam muitos esforços para enten

Luto, misericórdia e esperança

O Gênesis em sermões expositivos Texto: Gênesis, 50 Não deve ser tarefa fácil lidar com a tríade: luto, misericórdia e esperança, ou seja, em meio à dor pela perca de alguém que muito amamos termos que usar de misericórdia com aqueles que nos traiu, e ainda manter a esperança de um futuro bonito e melhor. O texto que encerra o livro do Gênesis nos conta uma história em que José vive esta estranha mistura de sentimentos. Pois ele está sofrendo pelo luto de seu pai, e ainda tem que usar de misericórdia com aqueles que tentaram lhe destruir, e apesar de tudo consegue manter a esperança no futuro. Se nós conseguirmos fazer a leitura correta desse texto, vamos perceber que a história de José, também é a história de todos nós. Por que a vida é assim mesmo, todos sofrem a dor da morte, pois ninguém é eterno. Na vida somos feridos e magoados, na maioria das vezes por quem mais amamos, não obstante temos que manter viva a esperança de que um dia vai valer a pena ter lutado tanto. Gostari

Perguntas que precisamos responder

Breve reflexão sobre a igreja como seguidora de Cristo.  Texto: Romanos, 8.28-39 Paulo apóstolo, levantou algumas questões cerca de 2000 anos atrás, que ainda hoje possuem grande peso, e, precisam ser respondidas. Porém, entendo que tais questões não são suficientemente respondidas apenas com palavras, mas principalmente através das posturas que assumimos diante de cada uma delas. Vejamos: 1. Se Deus é por nós, quem será contra nós? V. 31. Em outras palavras, se Deus está ao nosso lado, quem nos vencerá? Estamos vivendo uma igreja amedrontada, uma igreja pós-moderna que tem dado uma ênfase exagerada à chamada “batalha espiritual”, como se o diabo estivesse prestes a nos destruir. Vivemos a geração dos pregadores que tem medo de retaliação na família, medo do diabo fechar a porta de emprego; medo de acidentes provocados por demônios que recebem até nomes próprios (tranca-rua). Os crentes da atualidade se vêem apavorados por causa de macumbas, feitiços, comidas consagradas em

Aprendendo virtudes com Maria mãe de Jesus

Reflexões sobre a tensão acerca da pessoa de Maria, e sua relevância para nós como pessoas e como igreja Texto: Lucas, 1.26-38 Gostamos de falar sobre os grandes heróis da bíblia, no entanto, pouco ou quase nada se fala sobre Maria mãe de Jesus nas igrejas evangélicas. Parece-me que há uma espécie de tensão a respeito de sua pessoa, inclusive, para algumas igrejas, tudo o que “cheira” a Maria eles rejeitam por receio de idolatria. Isso se deve a uma falta de conhecimento, pois, somos infelizmente na grande maioria analfabetos, biblicamente falando. Daí uma má compreensão de quem foi Maria e sua importância. Um dos nossos problemas com respeito a Jesus, é que negligenciamos a sua natureza divino-humana, ou natureza teantrópica para ser teologicamente correto. Jesus “herdou” de Deus Pai a natureza divina, mas é de Maria que ele herdou a natureza humana. Relacionamos-nos com Jesus, numa perspectiva apenas da sua divindade, e nos esquecemos da sua humanidade. Jesus veio ao mundo não p

A felicidade em termos práticos

Reflexões sobre a possibilidade da felicidade Texto: Epístola de Tiago, 1.19-27. O que é felicidade? Perguntou o pensador Friedrich Nietzsche, ele mesmo responde: “Felicidade é o sentimento de que o poder aumenta, e, que a resistência será vencida”. Arthur Schopenhauer, o famoso filósofo alemão disse que: “O homem nunca está feliz, mas passa a vida toda se empenhando por alcançar algo que ele acha que lhe trará a felicidade”.O psicanalista Sigmund Freud observou que: “È muito menos difícil experimentar a infelicidade do que a felicidade”. C.SLewis, o grande pensador britânico do século 20 disse que “Deus não pode nos dar felicidade à parte de si mesmo, porque ela não existe fora dele”. O pastor batista Ed René Kivitz diz que: “A felicidade não é um lugar aonde se chega, mas sim um jeito como se vai”. Ricardo Gondim argumenta que “A felicidade é subproduto da busca de Deus, e que a felicidade está relacionada com os valores do caráter”. Nenhum aspecto da vida é mais desejável do qu

A Arca da aliança e sua relevância na atualidade

Reflexões sobre qual tipo de influência a igreja tem causado na sociedade pós-moderna. Texto: I Samuel 4.1-10 Parece-me um tanto estranho, obsoleto e ultrapassado falar de uma caixa de madeira revestida de ouro, numa geração preocupada com computador, internet, mp3, 4, 5, 6, 7... e celular com câmera. Uma geração pós-moderna sem conteúdos. Então este se torna nosso grande desafio, estudar a Arca da Aliança e pinçar princípios que transformem nossos valores. Antes, porém seria de bom siso entender um pouquinho sobre a Arca da Aliança. O que era a Arca da Aliança? Era um baú de madeira revestido de ouro, possuía uma tampa com querubins, essa tampa era chamada de propiciatório Ex 25.10-22. Qual a sua função? Sua função enquanto caixa era ser recipiente de peças simbólicas Hb 9.4: a) As tábuas da lei ou do testemunho, daí ser chamada Arca da Aliança. b) Uma urna ou vaso de ouro, com o qual se recolheu maná no deserto. c) A vara de Arão que floresceu. Qual o seu simbolismo?