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Modelo de quê? E para quem?

 Breve arrazoamento F ala-se muito no meio evangélico contemporâneo sobre sermos referenciais para o mundo. Modelo a ser imitado pelos demais, e com isso há um esforço enorme de mostrar uma vida politicamente correta para os que estão de fora do círculo de nosso convívio pessoal, gerando assim uma duplicidade de personalidade, pois somos um em lugares restritos como, por exemplo, dentro de casa, e, somos completamente outro em lugares públicos. De fato, somos atores profissionais. Agora, a pergunta crucial é se estamos sendo referencial para nossos filhos, para nossas famílias?   Que Deus nos ajude! João Ferreira Leite Luz

Quando oramos a quem estamos tentando impressionar?

Reflexões E xistem algumas frases no meio evangélico que demonstram mais ou menos a nossa linha de raciocínio, frases do tipo: “Se orar de joelhos Deus ouve”, ou “De joelhos é melhor” ou ainda; “De madrugada a fila é menor”. A oração não é uma técnica para se conseguir bênção, muito menos as posições e os horários que se destinam a oração podem definir sua eficácia. Como se Deus se prendesse a fórmulas e métodos humanos para nos atender em nossas petições. A posição do corpo deve estar em coerência com os sentimentos do seu coração, ou ainda, a posição do seu corpo é uma conseqüência daquilo que já existe no coração. Seria prudente lembrarmos as palavras de Deus através do profeta da antiguidade: “Vocês me procurarão e me acharão quando me procurarem de todo coração”. Jeremias 29-13. Ou nas palavras de Jean Nicholas Grou “É o coração que ora, é a voz do coração que Deus ouve, e é ao coração que Deus responde”. Os sacrifícios que agradam a Deus são primeiro os que nascem da nossa inte

Mediocridade

Minha história  “Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas existe”.  Oscar Wilde Às vezes me levanto de manhã com a sensação de que apenas estou existindo, de que a vida é muito mais do que venho experimentando. Ando com uma espécie de obsessão por viver intensamente as possibilidades da vida. Portanto, decidi não mais ser amigo da mediocridade, que em minha opinião deve ser a principal inimiga de uma vida abundante. Jesus, o carpinteiro de Nazaré afirmando aos seus seguidores faz uma declaração imprescindível: “... eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente...” (João 10.10). Penso que uma vida abundante está relacionada em saber administrar com equilíbrio as diversas áreas de nossas vidas, porque nenhuma pessoa vive apenas uma faceta da vida, ao contrário, desenvolve diversas atividades como por exemplo: pai, marido, profissional, cidadão e assim por diante. Ninguém leva uma ótima vida espiritual e ao mesmo tempo é um péssimo pai. Jamais alguém conseguirá se

Oração

Breve arrazoamento A oração nunca, repito, nunca deveria ser para demonstrar poder espiritual, mas sim, fraqueza, em outras palavras - dependência de Deus (só depende do outro quem é fraco). Penso que a prática de orar deve ser para estar perto Deus, e, ou, para colocar alguém perto de Deus, jamais deve ser usada como uma técnica para se conseguir bênção, ou nas palavras do chamado príncipe dos pregadores C.Spurgeon: “independente da resposta, a oração em si mesma é uma bênção”. A oração não deve ser um meio para tornar nossos discursos mais eficazes, e sim, tornarmos mais íntimos do Pai. Que Deus nos ajude! João Ferreira Leite Luz

Grandeza

Preciosidades Um homem é tão grande quanto os sonhos que sonha, Quanto o amor que dissemina, Quanto os valores que redime, Quanto à alegria que compartilha, Um homem é tão grande quanto os pensamentos que pensa, Quanto aos méritos que conquistou, Quanto às fontes das quais seu espírito bebe, E quanto o discernimento que acumulou. Um homem é tão grande quanto à verdade que diz, Quanto ao auxilio que oferece, quanto o destino que procura, Quanto à intensa vida que vive. Autor desconhecido

Esperem para ver...

Reflexões Detesto a atitude de quem conta a derrota alheia antes do tempo, aliás, existem pessoas que ficam torcendo para que a vida dos outros dê errado. Entretanto, a história ainda não chegou ao fim, à história de nossas vidas ainda não pode ser contada em sua totalidade. A coisa mais natural na vida é “quebrar a cara”, e, isto por diversas vezes para que possamos aprender lições valiosas, aliás, as lições mais ricas da vida vêm dos momentos de adversidade. Sem dúvida os momentos difíceis da vida são como uma espécie de pedagogia natural ao nosso desenvolvimento como seres humanos. Já enfrentei momentos em minha breve biografia em que as pessoas diziam que era o meu fim, que estava acabado, fim de carreira. Todavia, afirmo categoricamente que o melhor ainda está por vir, ou como afirmou o sábio da antiguidade: “... Melhor é o fim das coisas do que o princípio delas...” Eclesiastes 7.8. O grande teólogo da igreja primitiva Paulo apóstolo escreveu que “combateu o bom combate, acabou

Alguns valores

Minha história Dizem que as pessoas de mais idade possuem valores dignos e nobres, porque estes valores ao longo dos anos foram sendo transformados, lapidados por assim dizer. Ainda não cheguei à meia idade, conto apenas com trinta e três anos, sou um jovem como diriam “na flor da idade”. Entretanto, venho experimentando mudanças significativas nos valores que abracei. Hoje valorizo coisas que jamais imaginei que um dia eu iria gostar, ou defender. Quando ingressei no mundo protestante com mais ou menos 18 anos, me imaginava o dono da verdade. Ainda mais por ter sido separado ao ministério pastoral com apenas 22 anos. Eu fui um arrogante, prepotente que gostava de discutir religião com todos, acreditava estar com a razão e sempre correto em minhas afirmações. Hoje, passados 11 anos de caminhada me vejo incoerente e contraditório em meus frágeis argumentos. Já não discuto religião, apenas respeito quem pensa diferente, aliás, só compartilho minhas ideias com quem pensa igual a mim mes

Memórias

Reflexões “Mesmo que eu morresse amanhã eu plantaria ainda hoje uma macieira”. Martinho Lutero Quando extinguir-se nosso fôlego, quando cessar o sopro de vida em nós, o que deixaremos como herança para as futuras gerações? Qual será a memória que terão de nós quando mencionado nosso nome? Quando se lembrarem de nós, por quais razões e motivos se lembrarão? Qual o legado de valores que estamos deixando para nossos filhos, netos e tataranetos? Daqui a cem anos o que dirão da igreja que pastoreamos, dos sermões que pregamos e do ministério que exercemos? O que dirão de nós? Confesso, morro de medo de passar pela vida em vão e no final de tudo “sair pela urina da história”, pois “As coisas que realizamos são a nossa história, nosso troféu. A garantia de que não passamos pela terra em vão”. Que Deus me ajude! João Ferreira Leite Luz

Nem tudo está perdido!

Reflexões Na caminhada da nossa vida nada é fácil, não cai nada do céu, aliás, tudo o que tem valor na nossa história de vida vem através de processos dolorosos de longo prazo. A vida é toda constituída de lutas, provações e desafios. O próprio Jesus disse que no mundo teríamos aflições. Existem momentos da vida que parece que os problemas vão nos sufocar, que não vamos mais resistir, momentos em que nossos maiores sonhos, projetos e visões aparentemente serão sepultados. O personagem bíblico Abraão passou por vários desses momentos de teste de fé, de teste de paciência e esperança. Como por exemplo; quando Deus lhe chama para separar-se dos seus parentes e da sua pátria e sair sem saber para onde ia. Também quando Deus pede para Abraão confiar nele para o cumprimento da promessa do concerto, sem ocorrer tal cumprimento por vinte e cinco anos. No texto do capítulo 22 do livro do Gênesis, Deus leva Abraão ao seu limite de confiança, pedindo-lhe para sepultar seus sonhos e suas expectat

Trinta e três anos de mim mesmo

Minha história Hoje, dia 7 de maio de 2010. Chego à idade de Cristo quando ele abraçou a cruz, só que diferentemente dele, ainda não abracei cruz nenhuma, ou melhor, não me dei inteiramente pela causa que ele absurdamente morreu. Olho para minha breve biografia, minha história de vida, e fazendo uma análise sincera afirmo que não gosto muito da pessoa que me tornei, me acho um pouco inconstante, espere, muito inconstante para dizer a verdade. Quando esquadrinho meu interior encontro coisas que eu gostaria que não estivessem lá. E, o que eu queria ter não encontro, parece-me que as palavras de C.S. Lewis me caem como uma luva: “Pela primeira vez examinei a mim mesmo com o propósito seriamente prático. E ali encontrei o que me assustou: um bestiário de luxuria, um hospício de ambições, um canteiro de medos, um harém de ódios mimados”. Às vezes acho que Fyodor Dostoievski tinha razão ao escrever que: “Em todo homem há naturalmente um demônio escondido”, portanto, só me resta fazer coro c