Pular para o conteúdo principal

Postagens

Carta aberta de agradecimento aos meus irmãos

(Categoria – Minha história) Obs:Republicação “O mundo avança graças àqueles que já sofreram” Leon Tolstoi Sou de família de origem pobre, cresci sem a presença paterna com inúmeras dificuldades. Contudo, tive quem se importasse comigo e devo muito, muito mesmo aos meus irmãos mais velhos. Gostaria de deixar aqui registrado minha gratidão, pois sei que se não fosse por eles talvez minha vida tivesse tomado rumos diferentes. Sei, contudo que não sou grande coisa, mas luto para ser um homem integro. Agradeço ao Camilo, ao José Donizete e ao Paulo Leite por terem trabalhado como bóia fria (cortadores de cana) para que eu pudesse comer; vestir e estudar, e, acima de tudo para que eu não precisasse seguir a sina de levantar às 4 da manhã, comer comida gelada e trabalhar sujo, fedido e com as mãos cheias de calos deixados pelo manusear constante cabo do facão cortando os feixes de cana. Se hoje possuo um emprego bacana, e tenho acesso ao mínimo de informação foi porque eles sofreram por mim

Minha querida Dulcinéia desse cavaleiro andante

(Categoria - minha história) Não deve ser nada fácil conviver comigo, daí eu acreditar que minha esposa mereça um troféu. Afinal de contas suportar um cara feito eu, cuidar de três filhos e ainda arrumar tempo para cuidar da beleza alheia. Posso afirmar que sou um eterno apaixonado, pois, me casei por amor e depois de 11 anos de casados, depois de muitas decepções, muitas crises e desilusões digo que meu amor não diminuiu, ao contrário, aumentou. Só que esse amor não é um amor absurdo de filmes e novelas, é um amor maduro que admira as virtudes da pessoa que está ao lado da gente, mas também não ignora os defeitos. Elisângela é o nome da “Dulcinéia” que está batalhando na vida junto comigo. Já passamos muitas coisas juntos, momentos que pensei não poder suportar, no entanto, aqui estamos de cabeça erguida, prontos para continuar caminhando, sonhando e amando. Minha prece ao Deus dos céus é que cresçamos juntos, e cada dia possamos construir, pois casamento não vem pronto necessita ser

Uma mineira chamada Maria

(Categoria – Minha história) De repente todos olharam, era uma jovem senhora de pequena estatura, magra, olhos acinzentados e tristes. Tinha a aparência de que já não comia há vários dias, trazia consigo quatro pequenas crianças todas famintas. Vinham de Minas Gerais e estavam na estação de trem em S.Paulo, sem rumo certo, sem destino, sem dinheiro. Àquela pequena mulher trazia consigo apenas a dignidade e o desejo de criar seus filhos, e, que já cresciam sem a presença paterna. Maria, não a mãe de Jesus, mas com certeza uma grande santa, ou melhor, uma grande Heroína (com H maiúsculo). Maria Natalícia Leite, 70 anos de idade. Nascida na cidade de Montes Claros no estado de Minas Gerais. Na verdade são 70 anos de muitas lutas; muito sofrimento, muita necessidade e pouca alegria. Minha mãe a semelhança do sertanejo descrito por Euclides da Cunha, também é um forte. Criou seus oito filhos com muita dificuldade, muita luta. Nunca frequentou uma escola, ou como diz a letra da música dos T

Fico feliz em ser útil

(Categoria – preciosidades) A frase célebre do filme O Homem Bicentenário dita diversas vezes pelo robô Andrew interpretado por Robin Williams: “isso fica feliz em ser útil” traduz bem o que tenho procurado tentar fazer da fugacidade da vida. Junípero foi um frei pertencente à ordem dos frades menores, companheiro de S.Francisco de Assis. Junípero costumava dizer o seguinte: “As coisas materiais só valem em função do bem que se fizer ao próximo”. Quero o espírito dessa frase para minha vida, ou em outras palavras, a vida só vale a pena ser vivida se de alguma maneira formos úteis. Sempre me perguntei da utilidade do que venho escrevendo, e ultimamente venho recebendo ressonâncias aos meus textos. Nunca imaginei que aquilo que escrevo um dia seria abordado em uma sala de aula de uma faculdade. Gostaria de transcrever aqui um e-mail que recebi. Decidi dar um nome fictício ao autor do e-mail, para preservar sua identidade. Passemos ao e-mail: Olá, Me chamo Henrique, estou no 5º período do

Minha nova paixão

(Categoria – minha história) Aprendi a tomar gosto pela literatura depois que me converti ao cristianismo. Tempos mais tarde isso me gerou um imenso problema, pois visto que eu tinha vocação ministerial me embrenhei na leitura de tratados teológicos, teologias sistemáticas, enciclopédias, comentários bíblicos, livros e mais livros relacionados à religião. De repente me vi com a alma árida, seco, hermético e fundamentalista. Hoje recupero a singeleza de alma, pois tenho uma nova paixão pela literatura. Tenho uma crescente admiração por poesias, não só dos grandes poetas da antiguidade como também de poetas contemporâneos, inclusive adicionei em meu Blog link para sites de poesias. Também me tenho deliciado com os romances, sem dizer que descobri beleza e riqueza nos contos e nas lendas. Mas, minha mais recente e empolgante aventura vem dos livros infanto-juvenis. Já que uma vez por semana leio para meus filhos. Tenho descoberto um mundo fantástico nas histórias para crianças. Portanto,

Apenas mais um peregrino

(Categoria – Reflexões) O todo da vida, ou ainda, o quadro maior da vida é composto de peregrinações. O tempo de vida ou de existência é composto por pequenas frações do tempo a que chamamos de momento, esse pequeníssimo e indeterminado espaço do tempo quando somado, temos o que chamamos em linguagem metafórica de tempo de peregrinação. Uma vez que segundo o Novo Dicionário Aurélio peregrinar é:- “viajar ou andar por terras distantes”. Então entendemos que na vida, ainda não chegamos, estamos sempre a caminho. Enquanto não chegamos precisamos entender que a vida é cheia de pequenos momentos e precisamos viver um momento de cada vez, para não chegar ao fim da caminhada correndo o risco de não ter vivido o suficiente. Vejamos um trecho do poema instantes, atribuído a Jorge Luiz Borges (escritor argentino): Se eu pudesse viver novamente minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais. Seria mais tolo ainda do que tenho sido, na verdade

O belo e o feio

(Categoria – Reflexões) “Todos temos duas personalidades: a verdadeira e a social, que nem sempre rimam uma com a outra”. Josué Montello - Escritor “Eu sou uma pergunta para mim mesmo, um enigma exasperador... essa estranha dualidade de pó e gloria”. Richard Holloway – Bispo católico “O coração humano tem tantos recônditos da vaidade, tantos esconderijos do engano, é tão encoberto de fraude e hipocrisia que frequentemente engana a si mesmo”. João Calvino – Reformador francês “Tenho demônios interiores contra os quais estou lutando”. Mike Tyson – Pugilista americano “O mal que o homem encontra mais amiúde em sua vida é o mal que vive dentro dele”. Aleksander Mien – Sacerdote ortodoxo russo “Há em todos nós traços de inteligência, criatividade e compaixão entrelaçados com traços de fraude egoísmo e crueldade”. Philip Yancey – Escritor e jornalista americano “Quem sou eu? Este ou aquele? Sou eu um, hoje, e outro, amanhã? Sou eu ambos ao mesmo tempo?”. Dietrich Bonhoeffer – Pastor e teólog

A gente acaba aprendendo

(Categoria – Minha história) Existem coisas que não aprendemos nos bancos escolares, aliás, muita coisa não se aprende através de método didático nenhum. Nem ao menos através dos conselhos paternos. Têm coisas que a gente acaba por aprender através do tempo, nos encontros e desencontros da vida. A gente acaba aprendendo, que muitos amigos só se interessam por nós quando temos alguma coisa para oferecer, quando cessa a nossa fonte, nos tornamos descartáveis como copo plástico de bebedouro. Amigo verdadeiro nesses dias é artigo de luxo, coisa rara. Estamos numa espécie de extinção de bons amigos, sabem aqueles, que são “amigos de fé e irmão camarada”. A gente acaba aprendendo, que relacionamento dentro do mundo eclesiástico-ministerial é como ninho de cobra; um querendo ser maior que o outro. Uma corrida “imbecializante” por títulos, cargos, posições. Nesse mundinho você só vale quando seu ministério “acontece”, quando sua pregação é popular, ou se você tiver uma espécie de unção especia

Dona Tristeza

(Categoria – Reflexões) Dona tristeza é uma jovem senhora com aparência envelhecida. Testa franzida, boca murcha, olheiras, e, um olhar vazio de quem mira o horizonte sem ver nada. Essa aparência exterior indica uma tristeza interior não resolvida. Dona tristeza não é uma pessoa feminina ou masculina, é algo dentro de nós que nos incomoda e reflete por fora. Será que dentro de cada um de nós não existe uma “dona tristeza” mal resolvida. Se a resposta for positiva, o que fazer então com essa tristeza que nos consome e nos rouba o sentido da vida? Em minha opinião devemos trocar a “dona tristeza” pelo Espírito Santo, pois ele é o único que pode nos ensinar caminhos que nos levem a felicidade. Pois, felicidade é uma trilha, uma caminhada que só faz sentido quando o próprio Deus nos ensina valores, que uma vez incorporado no nosso estilo de vida nos proporciona uma vida menos triste. Que Deus nos ajude Abyssus abyssum invocat – o abismo chama outro abismo João Ferreira Leite Luz

"Projeto Inquietações e Reflexões"

(Categoria - Reflexões) [Reflexão do lat, reflexione, ‘ação de voltar para atrás’]. Em que momento surge o projeto reflexões: O projeto reflexões, surge nesse momento tão ambíguo que vivemos. Eu diria que esse tempo da história chamado de pós-modernidade é ímpar. Vivemos uma igreja marcada pela época, em que o capitalismo é quem dita as regras de como se deve fazer teologia. Os modismos também têm influenciado fortemente nossa maneira de interpretar as Escrituras, hoje estamos buscando o meio que dê mais certo, sem, contudo, questionar sua legitimidade. Infelizmente o culto da maioria das igrejas contemporâneas é antropocêntrico, [De antrop (o)-+-centr (o)-+- ico] (Adjetivo. Que considera o homem como o centro), ou seja, todos os esforços são gastos para agradar o ser humano, desde o título das campanhas até as orações feitas do púlpito. Precisamos voltar ao culto teocêntrico, [De te (o)-+-centr (o)-+-ico.] (Que tem Deus como centro de todas as coisas). O nosso objetivo maior no culto