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Mostrando postagens com o rótulo Reflexões

Ex-dependente de igreja

J á me decepcionei com quase tudo e quase todos. Já desisti de um cristianismo inusitado e triunfalista, cheio de arroubos bombásticos. Já me decepcionei, inclusive comigo mesmo. Sei que devido as minhas muitas desilusões e inquietações venho ultimamente escrevendo alguns textos recheados de um realismo que beira o pessimismo. Entretanto, ao escrever críticas contra um movimento que está adoecido não busco ser popular. Escrevo porque adoro dar forma ao pensamento, aliás, com os textos que venho rabiscando sei que não teria a mínima condição de alcançar a popularidade, pois são sofríveis do ponto de vista literário, o meu português chega a ser risível aos gramáticos, minha redação é paupérrima e para ajudar eu nunca escrevo aquilo que é popular e agrade as pessoas. A impressão que dá é que só ando na contramão, na sintonia inversa. Só não cesso de escrever porque as inquietações dos meus pensamentos não me deixam em paz, e, também acredito que estas simples reflexões podem libertar alg

Jesus, pobreza e felicidade

João Ferreira leite Luz (Reflexões) “No início, a igreja era um grupo de homens e mulheres centrados no Cristo vivo. Então a igreja chegou à Grécia e tornou-se uma filosofia. Depois, chegou até Roma e tornou-se uma instituição. Em seguida, à Europa, e tornou-se uma cultura. E finamente, chegou à América, e tornou-se business”. (Richardson Halverson – Capelão do senado americano). J esus faz a meu ver algumas afirmações atordoantes que soa estranho aos nossos ouvidos modernos, como quando ele diz “meu reino não é deste mundo”, ou falando de outra maneira, Jesus não tem nada a ver com esse reino de poder, com essa mesquinharia que chamamos de igreja, aliás, construímos uma grande igreja luxuosa que vive cultuando ao deus do capitalismo e ainda temos o despautério de chamar isso de reino. Os valores do reino que o Cristo anunciava eram completamente outros, ou como diz a Escritura noutro lugar: “O reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça e paz e alegria no Espírito Santo”. O

Não conjugue o verbo pensar

João Ferreira Leite Luz (Reflexões) “O homem tem a pobre, a estreita cabeça fechada... Porém não para sempre, meu Deus... Não para sempre!”. (Mário Quintana) Reflexão, palavra hoje em desuso. Enfrentamos uma espécie de preguiça mental, pergunte a qualquer adolescente sobre literatura, qualquer uma que seja, e ele não saberá citar um autor sequer. Agora, pergunte sobre Msn e Orkut e Big-Brother . Pergunte sobre games e sobre Tv. A resposta será surpreendente. Preocupa-me uma geração que não tem prazer na leitura. Pior, amedronta-me ter uma biblioteca cheia de livros e possuir filhos que ainda (graças por esse ainda, pois acredito que pode ser revertido) não tomaram gosto pela literatura. Meu Deus! Qual será o calibre dos pensadores do amanhã? Que Deus nos ajude!

No contra fluxo

João Ferreira Leite luz (Reflexões) “O importante é fazer a coisa certa” (São Brabo) Já afirmou Millôr Fernandes: “e se você estiver no caminho certo, mas na contramão”. Vivemos num período em que o importante mesmo é fazer, independente de ser certo ou errado, desde que todas façam – não há mal. Poucos homens hoje na atualidade têm calibre para manter seus posicionamentos com respeito aos valores íntegros e não se vender à lógica do “todo mundo faz”. São Brabo já no século III afirmava que mais “importante era fazer a coisa certa” e foi marcado como herege. Existiu também um rabi de Nazaré, certo pobre carpinteiro que atendia pelo nome de Jesus, filho de um outro carpinteiro pobre por nome José. Esse Jesus também andou no contra fluxo da história, na contramão da religião, um subversivo a frente do seu tempo. Final da história - pagou um alto preço, e, mais, achou que valeu a pena. E, nós? Que Ele nos ajude! 

Faça bem feito!

João Ferreira Leite Luz (Reflexões) "O que as suas mãos tiverem que fazer, que o façam com toda a sua força..." Salomão (Eclesiastes 9.10) F azer bem feito. Eis a crise da minha geração pós-moderna. O sistema educacional brasileiro – decadente; O sistema da saúde pública – precário; O sistema político – corrupto; O sistema religioso – decadente e precário e corrupto. A as pessoas? Vazias e periféricas e sem profundidade. Abraçam qualquer coisa, sem, contudo haver o mínimo de reflexão, de ponderação. Mediocridade é a palavra. Imbecialização em massa tanto por meio de programas da televisão, quanto por meio da religião vigente, como diria Marx, “o ópio do povo”. As músicas. Ridículas, com letras pobres de significado e português ruim e rimas sem sentido. Falta-nos a grandeza contida nas palavras de um Fernando Pessoa: “Para se grande, sê inteiro: Nada teu exagera ou exclui, Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda brilha,

Vale a pena?

João Ferreira Leite Luz (Reflexões) “Valeu a pena? Tudo vale a pena. Se a alma não é pequena”.                                                                Fernando Pessoa V aleu a pena? Foi a pergunta que o orador daquela noite insistiu em fazer. Ele enfatizou a pergunta no sentido que, se pelo fato de reconhecermos Jesus como Senhor havia valido a pena. Inquietei-me e preciso responder. Agora, respondo fazendo outra pergunta; o que é que se está querendo dizer quando perguntamos se valeu a pena abraçar a causa do evangelho? A resposta é sim e não. Explico, se a pergunta for no sentido de que vale a pena abraçar a causa de Jesus e pagar um alto preço por este elevado ideal. Sim, vale a pena. Ou dito de outro modo, vale a pena não apenas possuir nobres ideais, mas sim, estar disposto a sofrer por eles. Defendo os valores do Reino não porque acho que vou ser bem sucedido, ou porque vou dar certo, mas, e acima de tudo porque vale a pena. Agora, se a pergunta for no sentido de que s

Milagre...?

João Ferreira Leite Luz (Reflexões) “Gritamos noite adentro, e não há resposta” Bertrand Russell O culto estava meio monótono, senti que o evangelista que falava naquela noite tinha a necessidade de impressionar seus ouvintes. “Minha netinha” – disse ele com voz alterada, “ficou doente e levaram-na ao pronto socorro. Quando depois de um tempo cheguei lá, todos estavam tristes e cabisbaixos, inclusive minha esposa que é crente fervorosa. Nesse exato momento o Espírito Santo me falou sobre a autoridade que foi dada a nós, como descrito em Marcos 16.17-18. Então de súbito, peguei minha netinha no colo – que estava com mais de quarenta graus de febre, e comecei a repreender o espírito da enfermidade. Depois de terminada minha oração, sentei-me na cama ainda com minha neta no colo, e, para minha felicidade sua febre foi baixando até ficar curada por completo”. O evangelista então conclui: “é esse tipo de autoridade que está sobre a igreja”. Existiu um homem na bíblia chamado Jó que se

Aonde chegaremos com tantas promessas de bênção?

João Ferreira Leite luz (Reflexão) “A grandeza de uma causa não é determinada pelo que os seus seguidores ganham ao segui-la, mas pelo preço que estão dispostos a pagar por ela”. Ricardo Gondim R efletindo neste texto, inevitavelmente lembrei-me do momento que o cristianismo da ala evangélica atravessa. Com seu segmento mais visível chamado de neo-pentecostal, segmento este que tem seus fundamentos alicerçados na teologia da prosperidade. Agora, penso que as igrejas que se alicerçam em promessas inconseqüentes de bênçãos: cura, prosperidade, saúde e sucesso. Estão lucrando com a doença, a pobreza e com a desgraça dos outros. Os pastores que fundamentam o evangelho só em promessas de bênção, capitalizam em cima da desgraça dos seres humanos. A grande questão é que tipo de mensagem essas igrejas pregaria para alguém que já experimentou toda sorte de bênção e prosperidade, e ainda sim sua vida é vazia de significado. Um dos imperativos do evangelho é que aqueles que se convertem ao Cri

Os Pastores evangélicos e a ambição

João Ferreira Leite Luz (Reflexões) “A ambição é o último refúgio de todo fracasso”, já disse o escritor irlandês Oscar Wilde no século XIX. Depois de pensar um pouco sobre o conteúdo prático dessa consideração, lembrei-me dos meus pares. Fiquei imaginando essa ambição egoísta e descabida que permeia o coração de um grande número de pastores evangélicos da minha geração. Cheguei à conclusão, de fato, são fracassados, já que necessitam de grandes conquistas materiais para legitimarem seus ministérios, haja vista essa corrida ridícula por um espaço na mídia televisiva e também por conquistas de grandes rendimentos financeiros. Olhei para os evangelhos, olhei para vida do Cristo - uma vez que ele é o modelo de pastor a ser imitado. E fiz a pergunta, que raio de ambição Jesus tinha? Na leitura que fiz não consegui imaginar Jesus ambicionando uma mega-igreja, fama ou sucesso, nem lutando com unhas e dentes para ter um espaço na televisão. Ou ainda, fazendo apelos ridículos por grandes con

Um estilo de vida chamado cristianismo

João Ferreira Leite Luz (Reflexões) No último sábado em que nos reunimos no Projeto Reflexões fiz uma afirmação no mínimo contundente, disse que Jesus não é o fundador do cristianismo, ou pelo menos desse cristianismo institucionalizado como se conhece hoje. Jesus não é fundador de religião nenhuma. Jesus se assim pode-se dizer, inaugurou um estilo de vida, um modus vivend - uma maneira de se viver, uma filosofia de vida. Acredito ser ponto pacífico que o Cristo quando passou por esta vida nos deu muitos ensinamentos, entretanto, seu modelo de vida, sua maneira de se comportar diante das contingências da vida nos legou um exemplo de como devemos proceder. Quando Jesus encontrou com a mulher samaritana na beira do poço de Jacó, ele lhe faz uma oferta, todavia o que Jesus está oferecendo a esta mulher não era trocar de religião, Jesus está oferecendo um tipo de vida que vale a pena ser vivido, ou melhor, ele está lhe dando a oportunidade de conhecer um estilo de vida com significado.

Pregação e pregadores pós – moderno

João Ferreira leite Luz (Reflexões) Cada vez mais me convenço de que grande número dos pregadores pós – modernos são:  “Teologicamente inconsistente, e, de uma lógica simplista.”. Fico apavorado com a falta de profundidade ao se lidar com as escrituras. Agora verto minha crítica direto do latim: “vanitas vanitatum, et omnia vanitas”, ou seja, vaidade das vaidades, tudo vaidade. Suas pregações são literalmente sopro do nada. A homilia de muitos é só um “encher de lingüiças”, não leva a lugar nenhum. Parece-me que estão se tornando “especialistas em irrelevâncias”, pois, seus sermões só lidam com superficialidades. Surpreende-me o modo como se desperdiça os púlpitos nos dias atuais. Foi-se o tempo em que o púlpito era o lugar de homens sérios comprometidos com todo o conteúdo das escrituras. Também sou um pregador do evangelho, sei, contudo, que estou longe de ser um grande pregador (grande no melhor sentido da palavra), entretanto, jamais assumo o púlpito da minha igreja ou de qualque

Deus em silêncio

Reflexões Imaginemos a cena: uma criança nasce e é colocada em um berço, o que é uma coisa natural, entretanto, depois de certo tempo ela cresce mais um pouquinho e é colocada em um berço maior, daqui a pouco ela já é adulta e continua dormindo num berço grande. A história é até engraçada, todavia, é assim que muitos de nós queremos se relacionar com Deus. Almejamos que ele nos atenda sempre em nossas petições, que abra todas as portas de emprego, que nos cure sempre de todas as doenças, ou melhor, que nunca permita que fiquemos enfermos. A grande pergunta é a seguinte, se Deus satisfazer todos os meus caprichos onde é que sobra espaço para eu desenvolver minha humanidade? Por que se ele me atendesse sempre, me curasse sempre, nunca permitisse que eu enfrentasse dificuldade alguma. Eu seria uma espécie de protegido de Deus, seria especial ou predileto, ou ainda seria quase uma divindade. De fato, eu não seria humano, pois a vida humana é marcada por aflições (Jo. 16.33). Deus às vezes

Rótulos

Reflexões Já escrevi, preguei, falei e disse que detesto rótulos. Quando ingressei no mundo protestante me chamaram de crente, pouco tempo depois ao receber o batismo no Espírito Santo já recebi a alcunha de pentecostal. Ao mudar de igreja e passar a freqüentar uma denominação menos barulhenta me chamaram de tradicional. Quando rompi com certos dogmas, e passei a bater de frente com conceitos que escraviza as pessoas, logo fui rotulado de herege. Agora que me tornei um ex-dependente da igreja (institucional), depois que passei a acreditar na possibilidade de espiritualidade fora dos portões da igreja, estão me chamando de desviado. Rótulos, coisa ridícula. Aliás, aboli do meu dicionário certas palavras, como por exemplo, ficar rotulando as pessoas, como crente ou católico; pentecostal ou tradicional. Acredito firmemente que todos somos filhos Deus e que todos aqueles que seguem os princípios ensinados por Jesus são cristãos independente da religião. Agora, quanto a mim, quem sou: past

Fé, moeda de aquisição

Reflexões O evangelho não é mais um produto ou bem de consumo. Infelizmente muitas igrejas cristãs têm sucumbido à tentação de comercializar os benefícios da fé, em detrimento do anúncio do conteúdo do evangelho, da fé apostólica, do cristianismo histórico e dos fundamentos teológicos ortodoxos. Essa religiosidade patética vivida na pós – modernidade não representa o leito principal do cristianismo bíblico. Pois, a mensagem do evangelho não se restringe a meros benefícios passageiros. Precisamos com urgência repensar nossa espiritualidade aprofundando nossas raízes teológicas sob uma perspectiva mais humana. Porquanto, cristianismo lida essencialmente com valores de vida, ou seja, o evangelho busca responder nossas questões mais profundas, e não simplesmente atender nossas necessidades mais imediatas. A fé, antes de ser o meio pelo qual conseguimos a bênção divina, deveria ser o meio pelo qual alcançamos o coração do próprio Deus. Porque se no exercício da oração, subentende-se que de

"Teologicamente inconsistente e de uma lógica simplista"

Categoria – reflexões   “Quando a gente acha que tem todas as respostas, vem à vida e muda todas as perguntas”. Luís Fernando Veríssimo O frenesi era crescente; a energia crepitava no ar, a emotividade estava à flor da pele quando o pastor anunciou que um anjo de Deus estava no culto com uma espada flamejante e afiada para desfazer todos os males dos casamentos “emacumbados”. Achei um acinte tal afirmação, melhor, infantil e descabida. Entendi nas entrelinhas dessa afirmativa que levamos 10, 15, 20 anos para destruir um casamento, e depois fazemos uma campanha de sete sextas-feiras, e pronto, Deus manda um anjo com espada na mão para desfazer a “macumba”, o feitiço, o mantra. Que absurdo, estamos oferecendo respostas tão simplistas que desafia o bom senso até dos néscios. Na vida não existe solução fácil, Deus não resolve problemas com fórmulas mágicas, nenhum pastor, padre, monge budista ou qualquer que seja o líder religioso possui uma espécie de vara de condão que basta um clique

Miserável à porta da misericórdia de Deus

Categoria – confissões “Jurei mentiras e sigo sozinho, assumo os pecados”. (Ney Matogrosso em Sangue Latino ). Sou miserável, sem constrangimentos assumo minha condição de miserável pecador. Assumo os pecados - que são muitos -, e acredito no Senhor Deus dos desgraçados, aliás, penso que Jesus seja essencialmente o Deus dos falidos, dos fracassados, dos excluídos e marginalizados pela sociedade. Depois de muito tempo dependendo da minha própria justiça, depois dos incontáveis fracassos da minha alto piedade, estou aprendendo a ser dependente da graça divina. Em determinada ocasião Jesus disse que não veio para chamar os justos, e sim os pecadores ao arrependimento, e que quem precisa de médico são aqueles que estão doentes e não quem está são. (Evangelho de Marcos 2.17). Portanto, abandonei minha falsa ideologia de religioso todo certinho e me tornei um “desgraçado, digno de compaixão, cego e nu”, para de alguma maneira alcançar graça, misericórdia, colírios para meus olhos e roupa pa

Rótulos

Reflexões "O homem vale o que é diante de Deus, e nada mais" S. Francisco de Assis J á   escrevi, preguei, falei e disse que detesto rótulos. Quando ingressei no mundo protestante me chamaram de crente, pouco tempo depois ao receber o batismo no Espírito Santo já recebi a alcunha de pentecostal. Ao mudar de igreja e passar a freqüentar uma denominação menos barulhenta me chamaram de tradicional. Quando rompi com certos dogmas, e passei a bater de frente com conceitos que escraviza as pessoas, logo fui rotulado de herege. Agora que me tornei um ex-dependente da igreja (institucional), depois que passei a acreditar na possibilidade de espiritualidade fora dos portões da igreja, estão me chamando de desviado. Rótulos, coisa ridícula. Aliás, aboli do meu dicionário certas palavras, como por exemplo, ficar rotulando as pessoas, como crente ou católico; pentecostal ou tradicional. Acredito firmemente que todos somos filhos Deus e que todos aqueles que seguem os princípios ensin

Quando oramos a quem estamos tentando impressionar?

Reflexões E xistem algumas frases no meio evangélico que demonstram mais ou menos a nossa linha de raciocínio, frases do tipo: “Se orar de joelhos Deus ouve”, ou “De joelhos é melhor” ou ainda; “De madrugada a fila é menor”. A oração não é uma técnica para se conseguir bênção, muito menos as posições e os horários que se destinam a oração podem definir sua eficácia. Como se Deus se prendesse a fórmulas e métodos humanos para nos atender em nossas petições. A posição do corpo deve estar em coerência com os sentimentos do seu coração, ou ainda, a posição do seu corpo é uma conseqüência daquilo que já existe no coração. Seria prudente lembrarmos as palavras de Deus através do profeta da antiguidade: “Vocês me procurarão e me acharão quando me procurarem de todo coração”. Jeremias 29-13. Ou nas palavras de Jean Nicholas Grou “É o coração que ora, é a voz do coração que Deus ouve, e é ao coração que Deus responde”. Os sacrifícios que agradam a Deus são primeiro os que nascem da nossa inte

Esperem para ver...

Reflexões Detesto a atitude de quem conta a derrota alheia antes do tempo, aliás, existem pessoas que ficam torcendo para que a vida dos outros dê errado. Entretanto, a história ainda não chegou ao fim, à história de nossas vidas ainda não pode ser contada em sua totalidade. A coisa mais natural na vida é “quebrar a cara”, e, isto por diversas vezes para que possamos aprender lições valiosas, aliás, as lições mais ricas da vida vêm dos momentos de adversidade. Sem dúvida os momentos difíceis da vida são como uma espécie de pedagogia natural ao nosso desenvolvimento como seres humanos. Já enfrentei momentos em minha breve biografia em que as pessoas diziam que era o meu fim, que estava acabado, fim de carreira. Todavia, afirmo categoricamente que o melhor ainda está por vir, ou como afirmou o sábio da antiguidade: “... Melhor é o fim das coisas do que o princípio delas...” Eclesiastes 7.8. O grande teólogo da igreja primitiva Paulo apóstolo escreveu que “combateu o bom combate, acabou

Memórias

Reflexões “Mesmo que eu morresse amanhã eu plantaria ainda hoje uma macieira”. Martinho Lutero Quando extinguir-se nosso fôlego, quando cessar o sopro de vida em nós, o que deixaremos como herança para as futuras gerações? Qual será a memória que terão de nós quando mencionado nosso nome? Quando se lembrarem de nós, por quais razões e motivos se lembrarão? Qual o legado de valores que estamos deixando para nossos filhos, netos e tataranetos? Daqui a cem anos o que dirão da igreja que pastoreamos, dos sermões que pregamos e do ministério que exercemos? O que dirão de nós? Confesso, morro de medo de passar pela vida em vão e no final de tudo “sair pela urina da história”, pois “As coisas que realizamos são a nossa história, nosso troféu. A garantia de que não passamos pela terra em vão”. Que Deus me ajude! João Ferreira Leite Luz