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Mostrando postagens com o rótulo Minha história

Minha querida Dulcinéia desse cavaleiro andante

(Categoria - minha história) Não deve ser nada fácil conviver comigo, daí eu acreditar que minha esposa mereça um troféu. Afinal de contas suportar um cara feito eu, cuidar de três filhos e ainda arrumar tempo para cuidar da beleza alheia. Posso afirmar que sou um eterno apaixonado, pois, me casei por amor e depois de 11 anos de casados, depois de muitas decepções, muitas crises e desilusões digo que meu amor não diminuiu, ao contrário, aumentou. Só que esse amor não é um amor absurdo de filmes e novelas, é um amor maduro que admira as virtudes da pessoa que está ao lado da gente, mas também não ignora os defeitos. Elisângela é o nome da “Dulcinéia” que está batalhando na vida junto comigo. Já passamos muitas coisas juntos, momentos que pensei não poder suportar, no entanto, aqui estamos de cabeça erguida, prontos para continuar caminhando, sonhando e amando. Minha prece ao Deus dos céus é que cresçamos juntos, e cada dia possamos construir, pois casamento não vem pronto necessita ser

Uma mineira chamada Maria

(Categoria – Minha história) De repente todos olharam, era uma jovem senhora de pequena estatura, magra, olhos acinzentados e tristes. Tinha a aparência de que já não comia há vários dias, trazia consigo quatro pequenas crianças todas famintas. Vinham de Minas Gerais e estavam na estação de trem em S.Paulo, sem rumo certo, sem destino, sem dinheiro. Àquela pequena mulher trazia consigo apenas a dignidade e o desejo de criar seus filhos, e, que já cresciam sem a presença paterna. Maria, não a mãe de Jesus, mas com certeza uma grande santa, ou melhor, uma grande Heroína (com H maiúsculo). Maria Natalícia Leite, 70 anos de idade. Nascida na cidade de Montes Claros no estado de Minas Gerais. Na verdade são 70 anos de muitas lutas; muito sofrimento, muita necessidade e pouca alegria. Minha mãe a semelhança do sertanejo descrito por Euclides da Cunha, também é um forte. Criou seus oito filhos com muita dificuldade, muita luta. Nunca frequentou uma escola, ou como diz a letra da música dos T

Dias inesquecíveis e sonhos possíveis

(Categoria – Minha história) A manhã começava fria em S.Paulo, eram meados de julho de 2004. Eu havia viajado a madrugada toda de ônibus, uns 500 km aproximadamente de Assis no interior, até à capital. O frio parece que diminuiu quando eu estava sentado na primeira fileira de cadeiras da Betesda, onde tive o privilégio de não apenas conhecer o pastor Ricardo Gondim, como também ouvi-lo proferir o grande sermão: “Processos que vivificam a fé”, na epístola de Tiago no capítulo 2, versículos 14 a 26. Naquela manhã ele pregou expositivamente – versículo por versículo, com a maestria que lhe é peculiar. Eu já vinha apreciando os sermões. Também os Livros e textos do pastor Ricardo, desde ano 2000, quando o ouvi pela primeira vez através de um programa de rádio. Mas a partir desse dia que fui à Betesda minha vida deu uma guinada. Todas as minhas percepções, desde o meu ministério como pregador até as coisas mais insignificantes mudaram radicalmente. Passei a ser um apreciador de literatura

Maio de 2008, um mês atípico

(Categoria – Minha história) O mês de maio é normalmente comum como todos os outros, talvez, a única coisa mais relevante é que nesse mês faço aniversário, todavia, este ano o mês de maio foi meio, ou para dizer a verdade, foi muito atípico. Deixe-me lhes narrar à história: A coisa mais significativa que eu esperava para este mês nem era meu aniversário, e sim a realização do culto de inauguração do Projeto Reflexões que aconteceu no dia 03, um sábado. Na semana anterior ao culto meu filho mais velho o Johnny Diego, estava com começo de pneumonia e precisou ser internado, mas graças a Deus que ele teve alta médica na sexta-feira por volta de meio dia. Fiquei aliviado, pois meu filho e minha esposa estariam juntos comigo para o “ponta-pé” inicial do projeto. Sábado, dia 03 de maio de 2008, o “grande” dia chegou e eu estava apreensivo, contudo, não deixei transparecer. A reunião estava marcada para ter início às 19h30min, e como sempre a grande maioria chegou atrasada. A minha maior sur

Sonhos que inquietam

(Categoria – Minha história) S ubíamos pela Rua Vicente Fernandes Figueiredo. Estava eu, meu pai e minhas duas irmãs: Regina e Davina. Essa é a rua da casa da nossa mãe. Já faz seis meses que meu pai morreu e, na noite passada “ele veio me ver” novamente, ou melhor, “ele veio” me visitar no inconsciente. Outra vez sonhei com ele. Estávamos subindo na direção do centro da cidade, caminhávamos lentamente, pois ele um velhinho de oitenta e cinco anos não andava depressa. Como na vida real nos falávamos pouco, mas o fato de apenas estar na presença dele já era suficiente. De repente ele disse que não iria mais adiante, pensei que estava cansado e perguntei se queria ir de ônibus. Para minha surpresa ele disse que não iria mais adiante conosco, ou seja, estava nos deixando. Acordei às quatro da manhã com dor de cabeça e com esse sonho me inquietando a alma. Passei a considerar se no momento em que ele nos deixava representava quando nos deixou por ocasião da separação dele com minha mãe, ou

Paulo, não o apóstolo

(Categoria - Minha história) P aulo, meu irmão não é o apóstolo dos gentios. Mesmo assim é um grande homem, tanto quanto foi o outro, na verdade para mim é um herói, como todo menino que é criado sem pai e que cresce na pobreza e que com uma motivação única esse menino cresce, luta na vida e começa a conquistar seu espaço, chegando a ser o único na família com curso universitário. Sem mencionar que possui uma mente brilhante, entende de gramática como se fosse um professor de português. Um policial militar exemplar, bom marido, pai digno. Um bom homem, caráter integro. Sou fã de pessoas simples e comuns, meus heróis favoritos são homens do tipo desse aí, Paulo Leite é o nome de um deles, um cara fantástico e que é uma inspiração para minha vida. Uma espécie de pai (muito embora ele não goste que se refira a ele assim), mais foi exatamente esse o papel que ele desempenhou. Ajudando a minha mãe (que é outra heroína, mas essa história eu conto em outro texto), a nos criar e educar, eu e m

Duplamente órfão

(Categoria - Minha história) D omingo dia 11 de maio de 2008, eu esperava dormir um pouco até mais tarde, lá pelas 7 horas da manhã a campainha tocou e eu relutei por atender, achei um insulto uma pessoa tocar a campainha da casa de alguém às 7 da manhã de um domingo frio de outono. No entanto como a pessoa insistiu, resolvi levantar e atender. Para minha total surpresa era minha irmã mais velha que estava no portão com a notícia do falecimento do meu pai. Neste dia eu estava me tornando duplamente órfão. Minha primeira orfandade foi quando meu pai se separou da minha mãe. Então passei a viver sem a presença daquele que eu julgava o melhor pai do mundo, todavia, cresci, e agora estou me tornando órfão pela segunda vez. Neste mesmo dia viajamos para Marília, pois o sepultamento seria lá. Quando chegamos ao velório, e vi meu pai ali deitado naquele caixão. As poucas lembranças da minha infância junto com ele vieram à tona e não resisti, tentei dar um de durão, mas chorei, feito criança a

Memória, nuanças e percepções

(Categoria - Minha história) “A morte é de certa maneira uma impossibilidade, que de repente se torna realidade”. Goete - Poeta alemão C oincidentemente ou não. Ontem passei por dois cortejos fúnebres, automaticamente me lembrei de quatro meses atrás em que eu acompanhava o cortejo do funeral do meu pai, a partir desse momento abaixei a cabeça em sinal de reverência e segui meu caminho. É interessante como a vida muda à medida que envelhecemos. A morte de alguém nunca tinha me causado dor, aliás, nunca me incomodei por passar perto de um funeral até o dia em que perdi meu pai, daí comecei a considerar a possibilidade da morte das pessoas que amo. Passei a refletir sobre a morte não apenas como conceito, mas como a verdade mais inexorável que existe. Portanto, começo mudar meus valores a respeito da vida. Pretendo valorizar cada momento, porque cada momento é único, não se repete. Não se vive duas vezes identicamente a mesma experiência. Quero passar mais tempo com minha mãe e ouvir sua