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Escondendo-me de mim mesmo

 Confissões

Hoje, aos 33 anos tornei-me mestre em esconder. Aliás, sempre me escondi, desde cedo aprendi a ocultar os atos que julgava indigno. Quando criança me escondia quando fazia “arte” com medo de apanhar de minha mãe. Depois na adolescência experimentei cigarro escondido, bebi cerveja escondido, falei palavrão escondido, fiz sexo escondido.
 Curioso, como agora na vida adulta continuo me escondendo. Escondo-me dos problemas, das pessoas, de Deus, e, pior de mim mesmo.
Fiz-me tão hábil na arte do esconderijo que não raras vezes procuro-me e não acho. De quando em vez ouço a voz divina passeando pelo jardim e me perguntando “Adão onde está você?”.

João Ferreira Leite Luz

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