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Dias inesquecíveis e sonhos possíveis

(Categoria – Minha história)

A manhã começava fria em S.Paulo, eram meados de julho de 2004. Eu havia viajado a madrugada toda de ônibus, uns 500 km aproximadamente de Assis no interior, até à capital. O frio parece que diminuiu quando eu estava sentado na primeira fileira de cadeiras da Betesda, onde tive o privilégio de não apenas conhecer o pastor Ricardo Gondim, como também ouvi-lo proferir o grande sermão: “Processos que vivificam a fé”, na epístola de Tiago no capítulo 2, versículos 14 a 26.
Naquela manhã ele pregou expositivamente – versículo por versículo, com a maestria que lhe é peculiar. Eu já vinha apreciando os sermões. Também os Livros e textos do pastor Ricardo, desde ano 2000, quando o ouvi pela primeira vez através de um programa de rádio. Mas a partir desse dia que fui à Betesda minha vida deu uma guinada. Todas as minhas percepções, desde o meu ministério como pregador até as coisas mais insignificantes mudaram radicalmente. Passei a ser um apreciador de literatura não apenas religiosa, mas de literatura universal, descobri as riquezas ocultas nos livros de romance e poesia.

Estava abafado, era mais ou menos 7 e 30 da manhã e eu estava dentro de um metrô em S.Paulo, era dia 26 de novembro de 2006. Estava me dirigindo pela segunda vez para uma igreja chamada Betesda, como da primeira vez viajei toda madrugada de domingo para poder estar de manhã bem cedinho em frente da igreja para esperar que abrisse. Nesse dia o Ricardo pregou no evangelho de Lucas, no capítulo 16 e versículos 19 a 31. O sermão compensou todo o cansaço da viagem, tinha por tema: “Uma estranha história para nos deixar mais humano”. As duas vezes que tive o privilégio de estar Betesda tiveram que ser assim: viajar de madrugada, tomar 2 metrôs e um ônibus, depois participar do culto, no final dar um abraço no Ricardo, conversar um pouco e depois voltar correndo para a rodoviária, pois na segunda feira de manhã tinha que estar de volta em minha cidade para poder trabalhar. Contudo, plágio as palavras de Hassam para Amir, uma das frases mais célebres do livro: O caçador de pipas, “Por você faria isso mil vezes”. Para estar na Betesda faria toda essa correria mil vezes.

Se tudo der certo não haverá mais necessidade de tanto sacrifício. Hoje, dezembro de 2008. Começo a fazer os primeiros preparativos para me mudar para a cidade de S.Paulo. Vou à busca do meu sonho, ou melhor, vou obedecer meu chamado, obedecer meu coração. Em breve estarei na minha querida Betesda tendo o privilégio de ouvir o Ricardo aos domingos. Também darei continuidade aos meus estudos na área de teologia no Instituto Cristão de Estudos Contemporâneos, que julgo ser uma das instituições mais lúcidas da atualidade. Quando chegar lá que seja feito em mim conforme Deus quiser. Amém

Que Deus me ajude nessa nova aventura!
Ad impossibilia nemo tenetur – ninguém está obrigado ao impossível
João Ferreira Leite Luz

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