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Os Pastores evangélicos e a ambição

João Ferreira Leite Luz

(Reflexões)

“A ambição é o último refúgio de todo fracasso”, já disse o escritor irlandês Oscar Wilde no século XIX.

Depois de pensar um pouco sobre o conteúdo prático dessa consideração, lembrei-me dos meus pares. Fiquei imaginando essa ambição egoísta e descabida que permeia o coração de um grande número de pastores evangélicos da minha geração. Cheguei à conclusão, de fato, são fracassados, já que necessitam de grandes conquistas materiais para legitimarem seus ministérios, haja vista essa corrida ridícula por um espaço na mídia televisiva e também por conquistas de grandes rendimentos financeiros.
Olhei para os evangelhos, olhei para vida do Cristo - uma vez que ele é o modelo de pastor a ser imitado. E fiz a pergunta, que raio de ambição Jesus tinha? Na leitura que fiz não consegui imaginar Jesus ambicionando uma mega-igreja, fama ou sucesso, nem lutando com unhas e dentes para ter um espaço na televisão. Ou ainda, fazendo apelos ridículos por grandes contribuições por meio de dízimos e ofertas.
A única ambição que vejo nele (se é que posso chamar de ambição, e, portanto Cristo de ambicioso). Era o desejo de estar ao lado dos menos favorecidos.
Jesus ao que me parece que tinha uma espécie de imã que atraía tudo o que a sociedade jogava fora, porquanto vivia cercado de prostitutas, leprosos, coxos; cegos, pobres e todo tipo de excluídos pelo sistema que detinha o poder, que na época era o poder religioso.
De fato, se Jesus queria mesmo uma coisa, se ele tinha mesmo um desejo, uma ambição, era devolver a dignidade aos desvalidos, ou seja, aos sem valor.
Jesus ao tocar no leproso, perdoar a prostituta, curar os aleijados e comer com pecadores. Estava mostrando que mesmo que eles fossem excluídos pela sociedade, ainda sim eram queridos pelo Pai.

Que Deus nos ajude!

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